O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu que é importante o governo organizar sua base “da melhor forma possível” na Câmara e no Senado ao avaliar a atuação da base e Lula da Silva (PT) na sessão do Congresso nesta última terça-feira (28), onde parlamentares derrubaram o veto presidencial a restrições da saída de presos e mantiveram. Pacheco, por outro lado, ponderou que, para ele, a votação não demonstra enfraquecimento do governo.
— Não vejo nada de anormal no que aconteceu nessa sessão do Congresso Nacional. Mas é muito importante, tanto quanto a oposição puder se organizar -isso é muito importante para a democracia- que o governo também se organize da melhor forma possível com a sua base de apoio na Câmara dos Deputados e no Senado Federal— disse Pacheco.
Além da saidinha, o Congresso ontem decidiu manter veto que dificulta a punição para a disseminação de fake news de caráter eleitoral, medida tomada ainda pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
A exemplo do que já ocorrera em outras votações de interesse do Palácio do Planalto, a vontade de Lula foi contrariada com o impulso de parlamentares de partidos com assento na Esplanada dos Ministérios. No caso das “saidinhas”, 314 deputados votaram para anular o veto, e 126 para mantê-lo. Do total pela derrubada, metade veio de partidos da aliança petista. Entre os senadores, o placar foi de 52 a 11 contra o veto.
— Nessa sessão do Congresso Nacional acabou que a oposição angariou mais maioria em relação a determinados temas e acabou saindo vitoriosa nessas discussões, mas a cada sessão tem uma realidade, a cada tema há uma realidade, isso não necessariamente demonstra um enfraquecimento do governo, o que pode haver é um enfraquecimento da tese debatida sobre aquele veto — disse o presidente do Congresso.