A justiça peruana decidirá nesta terça-feira se determina novamente a prisão preventiva de Keiko Fujimori, dois dias depois de seu partido ter sido punido nas urnas, com o fim de sua hegemonia no Congresso.
O destino da líder opositora será decidido segundo a AFP, pelo juiz Víctor Zúñiga em uma audiência que deve começar às 9H00 locais (11H00 de Brasília), cinco dias após as alegações finais do promotor José Domingo Pérez e da advogada de defesa Giulliana Loza. Keiko, 44 anos, não é obrigada a comparecer ao tribunal.
O promotor solicitou 18 meses de prisão preventiva e alegou o risco de fuga do país, o que a política nega.
Keiko já ficou 13 meses preso por um escândalo de pagamentos ilegais a políticos da construtora brasileira Odebrecht, que também afeta quatro ex-presidentes. Um deles, Alan García, cometeu suicídio.
A filha mais velha do detido ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000) recuperou a liberdade em 29 de novembro, mas o Ministério Público apresentou novas acusações.
A promotoria afirma que ela recebeu contribuições ilegais da Odebrecht e de outras fontes para financiar suas campanhas eleitorais de 2011 e 2016, nas quais Keiko Fujimori ficou perto de conquistar a presidência do Peru.
Além da acusação inicial de lavagem de dinheiro, o MP acrescentou denúncias de obstrução de justiça, associação ilícita, falsidade genérica, fraude processual e organização criminosa.