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quarta-feira 22 de janeiro de 2025 às 06:23h

Após crítica de Bolsonaro, cúpula do PL tenta impedir Marcos Pontes de disputar a presidência do Senado

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Depois da cobrança pública do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que contestou a lealdade do seu ex-ministro e atual senador Marcos Pontes (PL-SP) por tentar se eleger presidente do Senado, integrantes da cúpula do partido tentam demover a candidatura independente. Secretário-geral do PL, o senador Rogério Marinho (RN) afirma que conversará com o colega de plenário sobre a necessidade de seguir a determinação do partido em apoiar a candidatura de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) à presidência da Casa. O presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, também terá diálogos segundo Gabriel Sabóia, do O Globo, com o parlamentar.

Nesta segunda-feira, Bolsonaro chamou a candidatura de “lamentável” e disse que ocorria à revelia do partido. Em resposta, Pontes afirmou que mantém a sua independência e que não vê a candidatura como desrespeito ao partido. Ele publicou uma mensagem que foi interpretada como indireta a Bolsonaro: “Pessoas arrogantes acham que já sabem de tudo, que são melhores que os outros, desprezam opiniões e ignoram sentimentos”.

A bancada bolsonarista apoia a eleição de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a presidência da Casa, por orientação do próprio Bolsonaro. O acordo prevê que o PL indique um nome para a vice-presidência.

Rogério Marinho afirma que ainda conversará com Pontes, mas reitera que eventuais punições pela insistência estão descartadas:

— O partido político nem sempre faz o que a individualidade pede. Precisamos remar juntos em torno de um objetivo. Eu ou Valdemar sequer fomos procurados pelo Pontes manifestando a vontade de se candidatar, ele não pediu autorização. Fomos surpreendidos com um discurso dele em plenário se lançando. Estamos há dois anos fora das decisões mais importantes do Congresso. Não tivemos assentos nas comissões ou relatorias importantes. Ele tem toda a autonomia de se posicionar como quer. Não há possibilidade de punição a ele por isso, mas queremos conversar sobre isso. O partido quer uma ação de solidariedade, de nobreza da parte dele. Vou pedir, Valdemar também vai tentar.

Bolsonaro tratou a candidatura como uma “ingratidão” e se dirigiu diretamente a Pontes.

— Eu elegi você em São Paulo. Deixei de lado lá o meu amigo Marco Feliciano, com uma dor no coração enorme. Deixei de lado o Marco Feliciano para te apoiar ao Senado e esse é o pagamento? — questionou.

Em outro trecho da entrevista, Bolsonaro afirmou ser necessário “compor” para que o partido assuma postos relevantes na Mesa Diretora da Casa e tenha representatividade em discussões. Na última eleição, o PL não apoiou a candidatura de Rodrigo Pacheco (MDB-MG), perdeu, e ficou sem vagas na Mesa.

— A única forma de nós sermos algo dentro do Senado e não sermos zumbis como somos hoje é não tendo um candidato. Se não conseguimos ganhar com o Rogério Marinho (PL-RN), que é um baita articulador, não vai ser com você agora — completou Bolsonaro.

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