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domingo 19 de novembro de 2023 às 17:34h

Após cobrança de ministro, presidente da Petrobras sobe o tom: ‘Não faz sentido agir por impulso’

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Dois dias depois de o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, ter cobrado redução no preços dos combustíveis da Petrobras, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, subiu segundo Bruno Rosa, do O Globo, o tom.

Em uma rede social, Prates disse que, se o MME quiser “orientar a Petrobras a baixar os preços de combustíveis diretamente” , será necessário seguir tanto a Lei das Estatais e as regras do Estatuto Social da companhia.

Ele chega a citar alguns dos artigos do estatuto da Petrobras, como “ a União deverá orientar formalmente a Petrobras por meio de um ato normativo (lei ou regulamento)” e “deverá firmar contrato, convênio ou outro ajuste estabelecendo as condições em que se dará, com ampla publicidade”, entre outros.

Numa sequência de cinco posts, Prates afirma que “a Petrobras merece uma gestão verdadeiramente preocupada com seu futuro”. “Não faz sentido agir por impulso ou açodamento”, escreveu Prates na rede social.

go depois, o ministro de Minas e Energia rebateu presidente da Petrobras e voltou a defender redução do preço dos combustíveis. Ao Globo, Alexandre Silveira afirmou que não se pode criar ‘factoide onde não existe’.

O presidente da estatal afirmou que a empresa “pode e deve” gerir sua estrutura de forma eficiente e rentável ao mesmo tempo em que contribui para que o país tire proveito da autossuficiência em petróleo e da capacidade de refino que possui.

Em meados deste ano, a estatal mudou a então política de paridade de importação de preços dos combustíveis, que era atrelada ao movimento das cotações do petróleo e do dólar, criada por Pedro Parente, durante a gestão de Michel Temer. Com a alteração, a companhia passou a levar em conta novos critérios , como custo de competição e despesas locais, variáveis criticadas pelo mercado financeiro.

Para Prates, a ideia da nova política é evitar os repasses da volatilidade para os preços internos dos combustíveis. “Nesses seis meses da nova estratégia, realizamos 4 ajustes na gasolina e 3 no diesel. Nesse mesmo período, o barril de petróleo foi negociado em valores entre US$ 71 e US$ 95, e afetado por diversos eventos de impacto global como guerras na Ucrânia e no Oriente Médio”, disse Prates.

Prates diz que a Petrobras fará ajustes quando e como tais parâmetros indicarem pertinência”. Ele ainda ressalta: “Não queremos mais levar para dentro da casa do consumidor a incerteza gerada por fatores geopolíticos imprevisíveis”.

Dados da Abicom, que reúne os importadores, rever grande volatilidade nas defasagens. No último dia 17, por exemplo, a gasolina é o diesel vendidos pela Petrobras estavam 6% e 5%, respectivamente, mais caros em relação ao exterior. No dia 14, por exemplo, a gasolina comercializava pela estatal estava 2% mais barata, e o diesel 1% mais caro.

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