Procurado, Paes confirmou a reunião. Nenhum cargo em primeiro ou segundo escalão foi oferecido pelo prefeito para os Garotinho neste momento. Não está claro ainda qual será o futuro político da família, que até o ano passado estava filiada ao União Brasil, agora comandado pelo presidente da Assembleia Legislativa do Rio, o deputado estadual Rodrigo Bacellar, rival declarado dos Garotinho em Campos.
Enquanto o pai deverá ficar sem partido no momento, Clarissa negocia uma filiação ao Republicanos, hoje comandado no Rio pelo prefeito de Belford Roxo, Waguinho. Já Rosinha, mulher do ex-governador, avalia uma entrada no MDB após convite do secretário estadual de Transportes, o ex-prefeito de Caxias, Washington Reis.
Os movimentos de Paes para ampliar alianças na política fluminense começaram em agosto, quando o prefeito nomeou como secretário de Assuntos Metropolitanos, Marcos Dias Pereira, irmão do pastor Everaldo, ex-presidente nacional do PSC. Everaldo foi preso em 2020 com autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acusado de participar de um esquema para fraudar contratos na área da Saúde no Rio.
Mais cargos
Em outubro, foi a vez de Paes empossar Chiquinho Brazão como secretário municipal de Ação Comunitária após uma indicação ao cargo pelo Republicanos, hoje sob influência do ex-deputado Eduardo Cunha. Chiquinho é irmão do ex-deputado e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Domingos Brazão.
A indicação, contudo, não garante ainda o apoio da Igreja Universal do Reino de Deus, controladora do Republicanos, que durante anos esteve na oposição a Paes por ser o partido do ex-prefeito do Rio, Marcelo Crivella. Além do espaço dado a Brazão, Paes terá que ceder mais cargos para integrantes da igreja comandada pelo bispo Edir Macedo caso queira o apoio deles nas eleições de outubro.