Após acordo entre PL e PT, Nikolas fica com comando da Comissão de Educação

Após entendimento entre o PT e o PL, foram definidas as presidências de comissões na Câmara dos Deputados. O PT assumirá a liderança da Comissão de Saúde, visando proteger a ministra da pasta, Nísia Trindade, enquanto o PL ficará com o controle da Comissão de Educação, indicando Nikolas Ferreira (PL-MG) como seu presidente.

A estratégia de proteger Nísia Trindade, em meio a pressões do centrão, levou o PT a abrir mão da presidência da Comissão de Educação. Carolina de Toni (PL-SC), aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi escolhida para presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa, por ser o PL a maior bancada na Câmara.

A Comissão de Educação, por sua vez, terá Nikolas Ferreira à frente, conforme indicação do PL. Embora inicialmente não tenha se candidatado, ele aceitou a responsabilidade de liderar o colegiado. Essa decisão causou descontentamento entre membros do PT, que esperavam assumir a presidência desse comitê, considerado de relevância para a militância petista.

O acordo entre PT e PL envolveu também a indicação de vice-presidentes para as respectivas comissões. Ficou acertado que os petistas indicarão o vice-presidente da Comissão de Educação, enquanto o PL poderá indicar o vice para a Comissão de Saúde.

Além disso, outras comissões estratégicas foram discutidas, como a de Segurança Pública, que será presidida por Alberto Fraga (PL-DF), um bolsonarista que já causou desgaste ao Palácio do Planalto no ano passado. O PL trocou a presidência da Segurança Pública com o União Brasil, enquanto a Comissão de Relações Exteriores foi cedida ao PSDB, em troca da Comissão de Defesa do Consumidor para o União Brasil.

O PL, por sua vez, estava cogitando o nome do pastor Marco Feliciano (PL-SP) para a comissão de Previdência, mas ele abriu mão do posto devido à agenda cheia durante a campanha eleitoral. O pastor Eurico (PL-PE) assumirá a presidência do colegiado.