O ex-senador brasiliense condenado na Operação Lava Jato, Gim Argello (PTB), saiu da prisão nesta última sexta-feira (14), em Curitiba. Condenado a 11 anos e 8 meses por cobrar propinas durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, Gim foi beneficiado pelo indulto natalino do ex-presidente Michel Temer.
Na época em que o indulto foi assinado, Gim já havia cumprido um quinto da pena, o que prevê o decreto para concessão do benefício. A decisão que garantiu a soltura do ex-parlamentar foi assinado pela juíza Ana Carolina Ramos da Vara de Execução Penal de Curitiba.
O ex-senador foi liberado após dar início ao pagamento da multa de R$ 7,350 milhões que lhe foi imputada como forma de reparar os dados causados ao erário por sua atividade considerada criminosa. Ele vinha pleiteando o benefício desde o fim do ano passado, quando atingiu o cumprimento de um terço da pena – requisito mínimo para pedir progressão no regime.
Apesar de estar solto, Gim continua em Curitiba e, segundo pessoas próximas ao ex-político, deve retornar, nos próximos dias, ao Distrito Federal.
O ex-senador foi preso preventivamente em 12 de abril de 2016, na 28ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Vitória de Pirro. Na sequência, ele foi condenado pelo então juiz Sergio Moro a uma pena de 19 anos de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e obstrução de Justiça.
O colegiado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), entretanto, reformou essa sentença em maio de 2018 ao excluir o crime de obstrução de Justiça. A penalidade, então, ficou reduzida a 11 anos e 8 meses de reclusão. As informações são do Metrópoles.