Um apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) morreu baleado com dois tiros no andômen em discussão política na noite deste domingo, por volta das 19h. De acordo com a Polícia Militar, que foi acionada às 20h40, Valter Fernando da Silva, de 36 anos, foi assassinado no Bar do Mineiro, em Jaciara, a 140 quilômetros de Cuiabá, capital do Mato Grosso. O suspeito de ter cometido o crime é Edno de Abadia Borges, um apoiador do presidente Lula (PT). O caso é investigado pela Polícia Civil.
A versão foi relatada pelo proprietário do estabelecimento em boletim de ocorrência. De acordo com testemunhas que estavam no bar, os dois bebiam lado a lado quando começaram a discutir por posições políticas contrárias. Por esse motivo, o lulista teria sacado uma arma de fogo e disparado contra o bolsonarista. Uma equipe médica foi enviada, mas Valter Fernando da Silva foi perfurado duas vezes no abdômen e morreu no local.
Os agentes da corporação iniciaram, em seguida, uma busca por Borges. Foi quando encontraram um veículo registrado em seu nome a 10 quilômetros da cena do crime. Enquanto faziam a apreensão do carro, perceberam a presença de duas pessoas em um Chevrolet Celta no local em atividade suspeita. Ao serem questionadas pelos policiais, os homens que, na verdade são irmãos, confessaram que estavam dando suporte a Edno de Abadia Borges em sua fuga até a cidade de Campo Verde, a 73 quilômetros de distância. Eles foram detidos.
O suspeito segue foragido e o caso é investigado pela Polícia Civil como homicídio. A arma de fogo utilizada ainda não foi localizada.
Violência política no MT
Esta não é a primeira vez que uma discussão política termina em morte no estado. Em setembro passado, às vésperas da eleição presidencial, um apoiador de Bolsonaro foi preso pelo assassinato de um eleitor de Lula. O caso ocorreu na zona rural do município de Confresa, em Mato Grosso. Benedito Cardoso dos Santos, de 42 anos, e o suspeito, Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, estavam discutindo por causa de política e a confusão acabou com a morte de Benedito, na noite de sete de setembro. Rafael deu 15 facadas na vítima e tentou decapitá-la.
O suspeito foi identificado pelas autoridades quando foi buscar ajuda em uma unidade de saúde por conta de um corte na mão. No hospital, os funcionários acionaram a polícia e Rafael foi levado à delegacia, onde ficou preso e confessou o crime por “motivação política”. Antes, a Polícia Civil foi ao local do crime, numa chácara, e encontrou elementos que ligavam Rafael Oliveira ao crime. Ele confessou.