O deputado federal Raimundo Costa (Podemos), que declarou apoio a ACM Neto (União Brasil) para governador da Bahia e a Jair Bolsonaro (PL) à presidência da República, já está segundo Lula Bonfim, do BNews, totalmente consolidado nas bases dos governos de Jerônimo Rodrigues (PT) e de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Nas redes sociais, a mudança de lado fica clara. Enquanto em outubro de 2022, Raimundo Costa aparece pedindo voto para Bolsonaro e ACM Neto; já em 2023, o deputado do Podemos publica diversas imagens ao lado do governador Jerônimo e de secretários estaduais.
A nível federal, o parlamentar, conhecido como Raimundo da Pesca, indicou seu filho, Rainan Costa, para o comando da Superintendência Federal da Pesca na Bahia, ganhando a nomeação através do governo Lula.
O ex-assessor de Raimundo Costa, George da Hora (Podemos), também indicado pelo deputado, assumiu a representação do plano de saúde Geap na Bahia.
Na sua primeira postagem ao lado de Jerônimo, no último dia 21 março, Raimundo elogiou o governador e justificou a sua mudança de lado.
“Sempre fundamentei minhas relações pessoais e políticas na lealdade e no bem querer, foi assim no tempo do ex-governador Rui Costa, e foi assim quando acatei a decisão do meu partido para encampar um projeto de oposição e fui até o fim, com muito compromisso. Esse sou eu”, publicou o deputado federal.
Depois disso, no dia 19 de abril, Raimundo Costa já havia comemorado, por parte do governo Lula, a recriação do Ministério da Pesca. O parlamentar baiano elogiou o presidente petista, afirmando que o ato significava a valorização da atividade pesqueira no Brasil.
“Reconhecimento e valorização da pesca pelo Governo Federal. É sabido que o setor precisa de políticas públicas para progredir, com a recriação do Ministério da Pesca, temos condições de ir a diante”, postou Raimundo em seu Instagram.
O movimento de Raimundo da Pesca acompanha o do seu partido. O Podemos, que esteve com ACM Neto em 2022, já integra a base de Jerônimo. A nível nacional, a legenda apoiou Simone Tebet (MDB), hoje ministra do Planejamento, no primeiro turno e ficou neutro no segundo turno. Agora, a sigla já conta com cargos no governo Lula.