A Prefeitura de Salvador lança mais um dispositivo para inibir a prática dos chamados “fura fila” na campanha de vacinação contra Covid-19. Um aplicativo desenvolvido pelo Núcleo de Tecnologia da Informação da Secretaria Municipal da Saúde já está disponível para o cidadão efetuar uma denúncia através do smartphone de maneira anônima. A plataforma permite ainda a possibilidade de encaminhar uma foto como comprovação do eventual delito. Todas as denúncias registradas serão apuradas pela Ouvidoria em Saúde.
“O que não queremos são os fura filas em Salvador. Por isso estamos adotando todos os controles rigorosos para evitar essa prática. Toda estrutura montada para vacinação contra Covid-19 em Salvador torna muito difícil que alguém seja imunizado sem estar previsto. Tudo isso para que o processo de imunização ocorre da forma mais transparente possível em nossa cidade”, afirmou Leo Prates, secretário municipal da Saúde.
O app Detetive Fura Fila – disponível nesse primeiro momento somente para plataforma Android – pode ser baixado por meio do link https://detetivefurafila.saude
Ouvidoria em Saúde
A Ouvidoria em Saúde de Salvador também disponibiliza canais de comunicação para o recebimento de denúncias de possíveis desvios éticos de servidores vacinados fora da lista preconizada pelo Ministério da Saúde.
Os interessados em apresentar algum tipo de demanda ao setor poderão ter acesso aos serviços através da central telefônica Fala Salvador 156, dos meios eletrônicos na opção Fale Conosco do site da Secretaria Municipal da Saúde (saude.salvador.ba.gov.br/fale
Ministério Público
Na tarde da última quarta-feira (27), um seminário virtual envolvendo técnicos da pasta e as promotoras de Justiça do Ministério Público da Bahia, Patrícia Medrado e Rita Tourinho, serviu para debater a conduta dos agentes públicos e cidadãos comuns durante a execução do plano de vacinação contra a Covid-19.
Desde o início da imunização no Estado, no dia 19 de janeiro, o MP recebeu cerca de 90 denúncias de supostos casos de “fura-fila” por agentes públicos e cidadãos comuns em 46 municípios, ou seja, pessoas vacinadas sem pertencer ao público prioritário elencado na primeira fase, sendo 10 delas na capital baiana. As demandas estão sendo distribuídas aos promotores de Justiça dos respectivos municípios para a devida apuração e medidas de responsabilização cabíveis.