Com o encerramento do Plano Safra 2020/2021 no último dia 30 de junho, produtores rurais e cooperativas de crédito contrataram R$ 271,5 bilhões no crédito rural oficial, aumento de 27% em relação ao período anterior. Nesse montante, foram incluídas as aquisições de Cédula do Produto Rural (CPR) e operações com agroindústria.
De acordo com o Balanço de Financiamento Agropecuário da Safra 2020/2021, o destaque desse plano foi para os investimentos, que superaram em 34% a programação de recursos e alcançaram R$ 76,2 bilhões. O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) apresentou balanço 10% superior à safra passada totalizando R$ 14,5 bilhões, e as contratações pelos pequenos produtores superaram os recursos disponíveis.
As aplicações no custeio alcançaram R$ 135,3 bilhões, alta de 27% em relação à temporada anterior. Já a comercialização ficou em R$ 25,4 bilhões (10%) e a industrialização em R$ 12,5 bilhões (15%).
As regiões de maior representatividade nas contratações do crédito rural foram o Sul (33%) e o Centro-Oeste (28%). A atividade agrícola participou com 67% e a pecuária 33%, sendo que os recursos contratados foram, principalmente, destinados aos produtos soja, bovinos e milho, respectivamente.
No que se refere aos segmentos, o crédito aos beneficiários foi concedido por meio de bancos públicos (55%), privados (24%), cooperativas de crédito (20%) e bancos de desenvolvimento e agências de fomento (1%). Com relação à safra passada, as cooperativas tiveram um ganho de 2% e os bancos públicos de 1% na participação do volume total de contratações.