Integrantes do governo de São Paulo admitem segundo a colunista Bela Megale, que, se o contrato de compra da Coronavac for fechado entre o Instituto Butantan e o Ministério da Saúde, o fornecimento de doses dessa vacina e negociados paralelamente com estados deve ser suspenso. Isso só vai acontecer, porém, se esse contrato com o governo federal for assinado.
Outra condição imposta pelo governo de São Paulo ao Ministério da Saúde é que a vacinação nacional com a Coronac comece até 25 de janeiro. Esta é a data prevista para que se inicie o plano estadual da vacinação paulista.
A primeira fase do projeto paulista prevê que 9 milhões de pessoas sejam imunizadas. Essa programação, no entanto, será suspensa se a compra total de 46 milhões de doses da Coronavac for formalizada pelo governo federal. Neste caso, São Paulo vai fazer parte do plano nacional de imunização coordenado pelo Ministério da Saúde.
Caso o contrato vingue, será suspenso o fornecimento de 4 milhões de doses previsto para profissionais de saúde de outros estados, por meio de negociação direta entre eles e o Instituto Butantan. Com isso, o governo federal quer unificar toda a logística da vacinação.
Ontem, governadores que participaram de uma reunião no Ministério da Saúde relataram que a tratativa para a compra da Coronavac prevê exclusividade de fornecimento do medicamento ao governo federal.