A deputada Flordelis (PSD-RJ) compareceu nesta quinta-feira (13) ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados para defender seu mandato, 201 dias após ser indiciada como acusada da morte do seu marido, Anderson do Carmo. Entre acusações de que seu mandato está sob ataque e pedidos para que parlamentares evitem uma “injustiça”, a parlamentar negou ter ordenado o homicídio.
Questionada pelo relator do caso no Conselho de Ética, Alexandre Leite (DEM-SP) sobre a atuação de seu marido em seu mandato, Flordelis revelou que Anderson do Carmo ficava com 60% dos seus vencimentos como deputada e que o dinheiro serviria para manter a igreja do qual Anderson e ela eram pastores. Em outro momento, a parlamentar contou detalhes da atuação de Anderson no Congresso: seu apelido era “514”, por ser como um deputado como os outros 513, porém sem mandato.
Anderson atendia prefeitos que procuravam seu gabinete, e inclusive teria um crachá de livre circulação no Plenário da Câmara, dado pelo presidente da Casa – Flordelis não citou nomes, mas apenas Rodrigo Maia (DEM-RJ) poderia ter emitido tal ordem. Durante a oitiva, no entanto, a deputada negou que planejava se separar do marido (como indicavam mensagens de seu celular) e que um de seus filhos adotivos estaria mentindo ao dizer que ela tentou convencê-lo a assumir o crime. O Congresso em Foco afirma que procurou Rodrigo Maia, mas ainda não teve retorno.