Um estudo publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences, aponta que o campo magnético do planeta Terra está com uma anomalia. O fenômeno estaria causando preocupação na Nasa e, por isso, constantemente é monitorado.
A anomalia, que está aumentando, está localizada acima da América do Sul e chega até uma parte do continente africano. Nessas regiões, a intensidade do campo magnético é mais baixa. A principal função do campo é barrar a radioatividade que vem do espaço, como por exemplo, os raios ultravioleta. Outros raios que também são conhecidos como ionizantes, também são perigosos, pois retiram elétrons dos átomos e os transformam em íons.
Os raios radioativos são cancerígenos e têm a capacidade de destruir a atmosfera. É por isso que Marte tem apenas 2% de campo magnético, se comparado com o da Terra. No Planeta Vermelho, a ação do campo magnético é extremamente fraca. Uma das maiores preocupações da Nasa, é o fato de que a radiação pode afetar principalmente a tecnologia, como satélites.
O campo magnético é formado pela fusão do ferro e do níquel, que se movimentam a 3 mil quilômetros de profundidade, e geram correntes elétricas que, consequentemente, geram o campo. Ainda de acordo com o estudo, o campo dipolo, que também é causado por essa fusão, pode estar enfraquecendo. De acordo com o Serviço Geológico do Brasil, ventos solares e rochas magnetizadas correspondem a 10% do campo magnético da Terra.
Um outro estudo, publicado em 2020, diz que a anomalia pode ser um outro fenômeno acontecendo: a inversão magnética, ou seja, mudança de orientação do campo magnético terrestre.