A menos de um mês para a eleição da Mesa Diretora na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado estadual Angelo Coronel Filho (PSD) afirmou em entrevista a Carolina Papa, do BNews, não ter colocado seu nome na disputa pela 1ª vice-presidência da Casa diante os rumores sobre impasses entre o Partido Social Democrático (PSD) e o Partido do Trabalhadores (PT) para a vaga.
Angelo Coronel Filho declarou ao BNews que tem se reunido com os pares para tratar do assunto, mas que não oficializou seu nome na corrida pela vaga. No entanto, o parlamentar pontuou que “qualquer deputado tem o interesse de um dia disputar cargos na Mesa”.
Sobre conflitos entre o PT e PSD sobre a Mesa Diretora, Angelo Coronel descarta entraves entre as legendas. O deputado reafirmou o compromisso do PSD como “partido da base do governo”.
“Eu fico lisonjeado e feliz quando colocam meu nome para disputar uma vaga na Mesa. Eu ainda não me coloquei como candidato, estou escutando alguns colegas que me procuram para poder entrar nessa disputa. O [meu] nome não está oficializado”, disse.
“Quem não tem o desejo de um dia assumir uma casa legislativa? Eu estaria mentindo se eu dissesse que [eu] não [tenho]. [Qualquer deputado] tem interesse de, um dia, disputar qualquer cargo da Mesa”, acrescentou.
Os bastidores sobre a eleição da Mesa Diretora têm movimentado a política baiana diante da indefinição do terceiro mandato de Adolfo Menezes (PSD) na presidência da Alba, que pode ser indeferido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Rumores apontam ainda uma “vitória” de Angelo Coronel Filho na 1ª vice-presidência serviria como um “prêmio de consolação” ao senador Angelo Coronel em uma possível saída na disputa pelo Senado para abrigar o atual ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), junto a Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD) nas eleições de 2026.
De acordo com Angelo Coronel Filho, não há conversas sobre a desistência do pai na competição pelo Senado, uma vez que o patriarca almeja uma reeleição.
“Não [há] conversa nenhuma a respeito disso […] para poder fazer com que o senador se desista de uma candidatura. São cenários diferentes, são casas diferentes. O senador [Angelo Coronel] é um senador do grupo e almeja a reeleição”, acrescenta.