O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito das Fake News, o senador baiano Angelo Coronel (PSD), disse que pretende tornar “limpa” as redes sociais, após a comissão pedir ao Facebook o material sobre as contas falsas removidas, que envolvem assessores ligados ao clã Bolsonaro. De acordo com o A Tarde, as ações estão ligadas aos funcionários dos gabinetes de Bolsonaro e dos filhos, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), além dos deputados estaduais pelo PSL do Rio de Janeiro Anderson Moraes e Alana Passos.
A Comissão deve pedir ainda a quebra de sigilo bancário, fiscal e telemático de mais das 60 pessoas investigadas. Uma análise deve ser feita para confirmar se as mensagens das contas disseminavam desinformação e ódio.
No caso de algum parlamentar envolvido, a representação vai ser enviada ao Conselho de Ética, para imputar as penas cabíveis pela potencialidade de cada crime.
“Este é o trabalho uma primeira análise para a confirmação de que as mensagens das respectivas contas disseminavam ódio e desinformação, como afirma a plataforma. E se também injuriavam e caluniavam terceirosda CPMI. É esclarecer ao Brasil e expurgar essas porcarias e esses perfis falsos de criminosos que utilizam do anonimato para depreciar as famílias e instituições brasileiras”, disse.
A relatora da CPMI e deputada federal (PSB-BA), Lidice da Mata, disse que a decisão do Facebook, de retirada destas contas, vai na direção de consolidar a informação que, no gabinete do presidente, tem gente trabalhando na direção do ódio, assim como o próprio Bolsonaro e os dois filhos.” Isso deve servir como comprovação desta atitude irregular destes senhores”, finalizou.