Segundo o jornalista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, o pré-candidato à Presidência pelo Avante, André Janones, foi expulso na quarta-feira (1º) de um grupo de WhatsApp com políticos e representantes da sociedade civil após chamar uma mulher de “abortista” e “defensora das drogas”.
A discussão ocorreu entre Janones e a jornalista Ana Krauss, no grupo “Direitos Já!”. “Os últimos acontecimentos ultrapassaram os limites da boa convivência”, escreveu um administrador do canal, que diz ter lideranças de 17 partidos, antes de excluir Janones e a jornalista.
“Quem é esse André Janones e quem convidou ele para esse grupo de mentes pensantes?”, escreveu Krauss. Janones rebateu: “Espero a exclusão dessa pessoa do grupo. Comentário nojento, preconceituoso, asqueroso. Ignorarei o comentário preconceituoso da abortista defensora das drogas”. O presidenciável também chamou a mulher de “abortista anônima”.
Em redes sociais, Krauss disse ser favorável à descriminalização do aborto. Um dos argumentos dessa tese é que o número de abortos e mortes de mulheres diminuiria com a mudança, uma vez que atualmente só brasileiras ricas conseguem pagar por um aborto minimamente seguro.
Segundo a coluna de Guilherme Amado, antes de ser removido, Janones desdenhou do grupo de WhatsApp: “Até ontem não sabia sequer que esse grupo existia”.
Procurada, a assessoria do deputado afirmou, sem provas, que Krauss estava “defendendo o aborto”. “Ela estava defendendo a liberação das drogas”, prosseguiu.
A jornalista Ana Krauss, que também foi removida do grupo, afirmou que questionou a presença de Janones depois que ele ofendeu a deputada estadual Isa Penna, do PSol de São Paulo, o que o deputado nega. “Me senti caluniada. Defendo tratar o aborto como questão de saúde pública. Sobre drogas, não uso, não gosto, mas acredito que a Cannabis medicinal precisa ser discutida”. Krauss afirmou que registrará um boletim de ocorrência contra Janones e avalia processar o presidenciável.