Alvo de uma ordem de prisão preventiva assinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres definiu segundo a coluna Maquiavel, da Veja, o time de advogados que vão defendê-lo. Torres, que está nos Estados Unidos preparando sua volta ao Brasil, quando se entregará à Polícia Federal, contará com os advogados Rodrigo Roca e Demóstenes Torres em sua defesa.
Próximo de Anderson Torres, Roca já foi advogado do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das rachadinhas da Alerj e, durante a gestão do ex-ministro da Justiça, foi nomeado por Torres para ocupar a Secretaria Nacional do Consumidor, posto que ele exerceu entre março de 2022 e o fim do governo Bolsonaro. Antes de defender Flávio, Roca já havia atuado na defesa do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral em processos da Operação Lava-Jato.
A equipe do criminalista compartilhou poderes para a defesa de Anderson Torres com Demóstenes Torres, procurador de Justiça aposentado e senador cassado em 2012 por quebra de decoro parlamentar em função de ligações com o contraventor Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira. Em artigo publicado no portal Poder 360 nesta quarta-feira, 11, Torres escreveu sobre os atos golpistas em Brasília e observou que “integrantes das equipes federais e do governo do DF babaram de boca aberta e comeram mosca enquanto ficavam de queixo caído com o volume de manifestantes”.
Moraes mandou prender Anderson Torres por omissão, enquanto secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, no combate aos atos terroristas de bolsonaristas radicais que invadiram e depredaram as sedes dos três poderes, em Brasília, no domingo 8. Torres havia viajado aos Estados Unidos na véspera das invasões e foi exonerado no dia dos ataques pelo então governador Ibaneis Rocha (MDB), que acabou afastado do cargo por Moraes.