Anderson Torres prestou depoimento nesta segunda-feira (8) na Polícia Federal. Para demonstrar que deseja cooperar, de acordo com o colunista Robson Bonin, da Radar, ele abriu mão do direito ao silêncio e respondeu a todas as perguntas dos investigadores.
O ex-ministro, investigado por supostamente ter empregado a Polícia Rodoviária Federal em operações que dificultaram o trânsito de eleitores do então candidato Lula no dia do segundo turno, sobretudo no Nordeste, negou ter feito qualquer interferência no planejamento operacional da corporação durante as eleições.
Segundo Torres, a tal viagem para a Bahia, antes do pleito do ano passado, partiu do então diretor-geral da Polícia Federal, que teria convidado o ministro a visitar uma obra na Superintendência baiana.
Torres disse que não houve “determinação” para atuação conjunta entre PF e PRF na operação das eleições. O ex-ministro também disse que jamais interferiu nos planejamentos operacionais da PF e da PRF (blitzes, abordagens etc.).
Torres disse que sua “única preocupação” era o combate aos crimes eleitorais, independentemente de candidato ou partido.
“Torres mantém a postura de cooperar com as investigações, uma vez que é o principal interessado no rápido esclarecimento dos fatos e acredita que a verdade prevalecerá”, diz a defesa.