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quinta-feira 18 de janeiro de 2024 às 18:58h

Ampliação da refinaria em Pernambuco vai gerar 30 mil empregos durante as obras

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Geração de cerca de 30 mil empregos diretos e indiretos e um acréscimo de cerca de 13 milhões de litros de Diesel S10 (de baixo teor de enxofre) por dia à capacidade de produção nacional. Esses são os números que a Petrobras e o governo federal projetam para a Refinaria Abreu e Lima (RNEST), na cidade de Ipojuca, em Pernambuco, com a confirmação da ampliação da unidade.

A cerimônia de retomada de investimentos aconteceu nesta quinta-feira (18), com presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, além de representantes da Casa Civil, do Ministério de Minas e Energia (MME) e outras autoridades. Na ocasião também foi lançado o Programa Autonomia e Renda, da Petrobras.

O investimento no Projeto RNEST está previsto no Plano Estratégico 2024-28+ da Petrobras e faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. Já em fase de contratação, a construção do Trem 2 da refinaria pernambucana tem data para finalização em 2028, quando ela passará a ter capacidade para processar 260 mil barris de petróleo por dia. As obras do Trem 2 estão previstas para o segundo semestre de 2024.

Além da conclusão do Trem 2, o Projeto RNEST prevê a construção da primeira unidade SNOX do refino brasileiro, que será responsável por transformar óxido de enxofre (SOx) e óxido de nitrogênio (NOx) em um novo produto para comercialização. As obras desta parte já estão em andamento e a unidade começa a operar em 2024. Ainda esse ano também começam as obras para a ampliação da produção do Trem 1 (Revamp), que proporcionará aumento de carga, melhor escoamento de produtos leves e maior capacidade de processamento de petróleo do pré-sal. A expectativa de conclusão do Revamp (ampliação) do Trem 1 é no primeiro trimestre de 2025.

Segundo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, os investimentos da Petrobras em refino, a exemplo da retomada das obras da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), poderão contribuir, de forma rentável, para tornar o país autossuficiente na produção de combustíveis, reduzindo a demanda por importação. “Considerando todos os projetos previstos de adequação e o aprimoramento do parque industrial e da cadeia de abastecimento e logística, a Petrobras estima um aumento de produção de diesel da ordem de 40% nos próximos anos”, adiantou Prates.

Nos próximos cinco anos, a Petrobras vai investir US$ 17 bilhões em projetos de refino, transporte e comercialização no Brasil para ampliar sua capacidade de produção de diesel e aumentar gradualmente a oferta de produtos para mercado de baixo carbono.

Sobre a RNEST

Localizada no Complexo Industrial Portuário de Suape, a RNEST tem relevância estratégica para a região e o país. “Esta refinaria é o principal hub da Petrobras nas Regiões Norte e Nordeste e tem fácil acesso por cabotagem aos mercados consumidores. Com a implantação do Trem 2, a Petrobras contribuirá para expandir a capacidade de refino nacional, viabilizando o aumento da produção de derivados como gasolina, GLP, nafta, mas principalmente diesel de baixo teor de enxofre (diesel S10), em atendimento às demandas do mercado, reduzindo a demanda por importação”, explicou o presidente Jean Paul Prates.

A Refinaria Abreu e Lima (RNEST) iniciou suas operações em 2014 com o primeiro conjunto de unidades (Trem I), 34 anos depois de construída a última refinaria da Petrobras. É a mais moderna refinaria já construída pela companhia e contribui para atender a demanda nacional por derivados de petróleo. Dentre todas as refinarias brasileiras, a RNEST apresenta a maior taxa de conversão de petróleo cru em diesel (70%), combustível essencial para a circulação de produtos e riquezas do país.

A unidade conta com avançadas tecnologias de refino e com o maior nível de automação. Sua concepção foi projetada para atender a diretrizes de categoria internacional e contempla tecnologias que respeitam o meio ambiente, com destaque para o alto nível de confiabilidade e desempenho, atendimento à qualidade dos produtos, baixo custo de manutenção, baixo consumo energético, uso otimizado de água e a máxima segurança operacional.

Programa Autonomia e Renda

Lançado agora pela Petrobras, o Programa Autonomia e Renda oferecerá cursos de capacitação profissional, nas modalidades de formação inicial continuada (FIC) e cursos técnicos, a pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica. A primeira fase do Programa conta com parceria do SESI-SENAI e Institutos Federais de Tecnologia, Ciência e Inovação.

Alinhado com as diretrizes do Programa Capacita PAC, do governo federal, o Autonomia e Renda, da Petrobras, tem como objetivo a capacitação profissional de pessoas em situação de vulnerabilidade social e pessoas sem vínculo formal de trabalho. Além disso, serão priorizados os seguintes grupos minorizados: mulheres, pessoas negras, pessoas com deficiência e refugiados. Os selecionados serão treinados para atuação no setor de Energia, em localidades da área de abrangência das operações da Petrobras e com vistas a contribuir com a implementação do Plano Estratégico 2024 – 2028+.

Os estados a serem atendidos na primeira fase do Programa são Pernambuco, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, sendo que 37% das vagas serão destinadas para Pernambuco.

Serão ofertadas mais de 19 mil vagas nos estados abrangidos, entre cursos FIC no SENAI e nos Institutos Federais (IFs), além de vagas para cursos técnicos, também no SENAI e nos IFs.

Os participantes contemplados nos processos seletivos a serem realizados pelo SENAI e IFs irão receber bolsa-auxílio no valor de R$ 660 mensais durante o período em que estiverem realizando os cursos. Para as mulheres com filho (s) até 11 anos a bolsa auxílio será no valor de R$ 858 mensais.

Além da bolsa-auxílio, a iniciativa ainda apresenta como diferenciais: reforço de Português e Matemática para melhoria da escolaridade; conteúdo obrigatório de Segurança, Meio Ambiente Saúde (SMS) para fortalecer a segurança nas obras e operações, acompanhamento psicossocial e oferta de cursos para o desenvolvimento de competências socioemocionais e pessoais.

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