Após o massacre de 21 pessoas, sendo 19 crianças, na escola primária Robb, em Uvalde, Texas (EUA), em maio deste ano, com receio de que novos tiroteios voltem a ocorrer na volta às aulas, prevista para setembro, muitos pais estão incluindo mochilas à prova de balas na lista de compra de materiais escolares.
De acordo com o jornal argentino Perfil, nos últimos 30 dias, houve um aumento considerável no interesse por esses acessórios nada usuais. Foram quase 9.000 internautas procurando mochilas à prova de balas apenas no site da loja The Home Security Superstore. Em um mês, a demanda aumentou 3655%, revela o estabelecimento ao periódico.
O massacre de maio na escola infantil do Texas, causado por Salvador Ramos, de 18 anos, durou mais de uma hora até a intervenção da polícia, que matou o agressor. A lenta resposta das forças de segurança está sendo investigada, afirma o Perfil.
A mochila à prova de balas seria justamente uma forma de a criança se proteger, já que serviria de escudo. O problema é como os pequenos conseguirão carregar o acessório juntamente com os materiais que leva para a escola.
Os pais precisam ter em mente que a mochila capaz de bloquear quase todos as munições de pistola, incluindo balas Magnum .44. Porém, ela mede 41,91 cm de altura por 30,48 cm de largura e pesa 1,25 kg. Apesar de ser resistente, não é apropriada para balas de espingardas ou fuzis, como o AR-15, que foi usado por Salvador Ramos na chacina da escola Robb.
De acordo com o Perfil, algumas escolas do Texas daquele estado optaram por exigir que alunos do sexto ao décimo segundo ano, entre 11 e 18 anos, carreguem mochilas transparentes.