O presidente Lula recebeu simbolicamente no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (11), o decreto que determina a intervenção federal na área da segurança pública no Distrito Federal. Participaram da reunião o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rego (MDB-PB), além de lideranças do governo e partidárias. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cancelou sua ida por problemas de saúde. Segundo o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o gesto mostra que há sintonia entre o Executivo e o Legislativo na defesa das instituições democráticas, em meio à invasão e depredação dos palácios dos três poderes no último domingo (8), em Brasília, por golpistas bolsonaristas.
Durante o encontro, transmitido pela TV Brasil (veja mais abaixo), Lula disse que preferia ter dialogado, em vez de ter decretado a intervenção no DF, mas que não encontrou outra solução diante da omissão do ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro.
“Qualquer gesto que contrarie a democracia brasileira será punido dentro daquilo que a lei permite punir. Todo mundo terá direito de se defender, terá direito à prova da inocência, mas todo mundo será punido. (…) Eu não gostaria de ter feito uma intervenção. Gostaria de ter feito isso conversando. Mas as pessoas que estavam lá não estavam dispostas sequer a conversar, porque eles faziam parte daqueles que estavam praticando vandalismo no Brasil”.