Morreu nesta terça-feira (14), aos 92 anos, a escritora canadense Alice Munro. Ela sofria de demência há mais de uma década e estava em uma casa de repouso em Ontário. Considerada uma das grandes contistas de seu tempo, Munro ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 2013.
Ao longo de sua carreira, ela publicou várias coletâneas de contos como “Dance of the happy shades” (1968), “The moons of Jupiter” (1982), “Runaway” (2004) e “Dear life” (2012), pelas quais recebeu diversos outros prêmios. Munro já foi chamada de “o Tchekhov canadense” pela autora americana Cynthia Ozick. A também canadense Margaret Atwood a classificava como “uma das maiores escritoras de ficção inglesa de nosso tempo”.
Nascida em 10 de julho de 1931, em Wingham, Ontário, teve uma vida difícil com a família em meio à Grande Depressão. Foi para a universidade com uma bolsa de estudos e começou a escrever contos no início dos anos 1950. Seu primeiro livro, “Dance of the happy shades”, entretanto, foi publicado somente em 1968 — era uma reunião de contos publicados em revistas como Tamarack Review, Montrealer e Canadian Forum.