A aliança mundial de vacinas, conhecida como Covax, consegue fechar acordos com empresas farmacêuticas para garantir duas bilhões de doses para os países mais pobres até o final de 2021. Cerca de 1,3 bilhão de doses irão para os 92 países mais pobres do mundo. Isso permitirá que 20% da população de cada um desses países sejam atendidos entre 2021 e 2022. Com informações do Uol.
Mas, para conseguir atingir o objetivo de vacinar populações nos países mais pobres, a COVAX estima atualmente que precisará de US$ 6,8 bilhões em 2021 para poder pagar pelos acordos.
As primeiras doses serão entregues ainda no primeiro semestre de 2021 e, para a OMS, a medida pode criar o espaço para que a fase aguda da pandemia seja superada.
O projeto inclui 170 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford, além de um acordo com a Johnson & Johnson por 500 milhões de doses. A aliança já contava com 299 milhões de doses do Serum Institute of India, e opções por 900 milhões desosse da AstraZeneca/Oxford ou da Novavax.
“Os anúncios de hoje sobre acordos e distribuição de doses significam que a COVAX pode planejar as primeiras entregas de vacinas no primeiro trimestre de 2021, com a primeira parcela de doses – suficiente para proteger os trabalhadores da saúde e da assistência social – entregue na primeira metade de 2021 a todas as economias participantes que solicitaram doses neste período de tempo”, diz o grupo.
“Isso seria seguido pela entrega de doses adicionais a todos os participantes no segundo semestre do ano – visando o fornecimento de doses equivalentes a até 20% da população dos participantes (ou uma quantidade menor se solicitado pelo participante) até o final do ano”, explica.
Doses adicionais para atingir níveis de cobertura mais altos estarão então disponíveis em 2022.
“A chegada das vacinas está dando a todos nós um sinal de que há luz ao final do túnel”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Mas só acabaremos verdadeiramente com a pandemia se a acabarmos em todos os lugares ao mesmo tempo, o que significa que é essencial vacinar algumas pessoas em todos os países, ao invés de todas as pessoas em alguns países”. Para ele, vacinas complementarão, mas não substituirão, medidas para interromper a transmissão e salvar vidas.