O presidente estadual do PSDB baiano, deputado federal João Gualberto, que há cerca de duas semanas retirou a sua candidatura, embora fosse tida como certa a sua reeleição à Câmara dos Deputados, não economizou nas críticas e ironias aos adversários afirmando não haver hipótese num acordo dessa natureza.
“Conheço bem os meus colegas de Câmara e Senado, por todo o Brasil, e acho muito pouco provável que alguém concordasse com uma aliança dessa”, disse João Gualberto.
Gualberto que sempre fez oposição ferrenha ao governo da ex-presidente Dilma Rousseff e à atual administração Michel Temer. Ele, no entanto, ressalta que o ex-presidente Fernando Henrique é merecedor de todo o respeito e admiração, porém, acredita que ao fazer tal sugestão, não deva ter falado em nome do partido, mas emitido opinião pessoal. “Fernando Henrique já chegou a um patamar que pode dizer o que quer e o que pensa, aliás, na minha opinião, todos temos que agir assim, nos posicionando, dizendo o que realmente pensamos”, completa.
No entendimento dele, uma eventual união, ainda que temporária, entre os partidos, seria “no mínimo esdrúxula”. Quanto à necessidade de por fim à eterna polarização entre petistas e tucanos, que transcorre sempre em clima de beligerância, também defendida por FHC, o líder peessedebista também questionou.
“Sempre houve e sempre haverá essa polarização, aliás, isso acontece em todo o mundo, é sempre uma tendência entre duas legendas fortes. Mas, aliança, nem pensar, temos visão de mundo completamente diferente. Como é que a gente vai compor com quem criou o mensalão e o petrolão?” diz, apostando que o PT não irá ao segundo turno.
“Não vou ser tão radical quanto Ciro Gomes (candidato do PDT à presidência) que disse preferir morrer a ver o PT e Bolsonaro disputando a segunda etapa da campanha, mas, para mim, seria o pior dos mundos. Vou continuar trabalhando pelo nosso candidato Geraldo Alckmin”, conclui.