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Pessoas ligadas ao senador Rogério Marinho (PL-RN) trocaram o alvo, nos últimos dias, pela campanha à presidência do Senado. No lugar do Supremo Tribunal Federal (STF), criticado por bolsonaristas, passaram a atacar o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), diz Julia Lindner, do Estadão. Na visão de aliados de Marinho, o discurso contra o amapaense tem sido mais eficaz para convencer indecisos.
O argumento é que Alcolumbre detém muito poder desde que deixou a presidência da Casa, em dezembro de 2020. Isto porque manteve influência sobre a gestão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de quem é aliado. Com isso, o amapaense assumiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nos últimos dois anos e pretende continuar na função, caso Pacheco vença a disputa. Como mostrou a Coluna, a permanência de Alcolumbre na CCJ também causou ruído no União Brasil.
Além disso, Alcolumbre tem planos de tentar disputar a presidência do Senado em 2025. Em campanha, aliados de Marinho têm dito que isso faria com que o grupo do amapaense possa ficar uma década no poder.
Em contrapartida, o grupo de Pacheco tem argumentado que a vitória de Marinho poderia gerar desarmonia entre poderes, considerando que os bolsonaristas e o próprio candidato possuem discurso contrário ao ST. A estratégia ganhou força após os atos de 8 de janeiro.
