Aliados do ex-presidente Lula (PT) deram início, desde a tarde da última segunda-feira (10), a uma operação para tentar minimizar os estragos da notícia de que o ex-governador Geraldo Alckmin estaria preocupado com a promessa feita pelo petista de revogar a reforma trabalhista, caso seja eleito presidente este ano.
Como a coluna revelou nessa segunda em primeira mão, a preocupação foi relatada por Alckmin, nome mais cotado para ser vice de Lula na disputa, em um encontro com o presidente do Solidariedade, deputado federal Paulinho da Força (SP), pela manhã, em uma padaria da cidade de São Paulo.
Ao dirigente do Solidariedade, Alckmin relatou que algumas entidades patronais já o teriam procurado nas últimas semanas demonstrando preocupação com as falas de Lula sobre o assunto. O ex-governador ressaltou ser contra a revogação total da reforma, aprovada durante o governo Michel Temer.
Pessoas próximas a Lula que defendem a chapa dele com Alckmin passaram a argumentar que a “preocupação” do ex-governador paulista seria, na verdade, um “interesse” em saber mais sobre a contrarreforma trabalhista feita na Espanha, defendida como modelo pelo petista.
Aliados de Lula admitem que o próprio ex-presidente e dirigentes do PT que defendem a proposta precisam explicá-la perante os políticos de centro e, principalmente, perante a sociedade. Eles prometeram enviar detalhes da proposta a Alckmin, para que o tema possa ser esclarecido.