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O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), terá governadores aliados em 11 estados conforme Robson Barenho, do Agenda do Poder, incluindo quatro governadores do PT, um deles Jerônimo Rodrigues, na Bahia. Mas precisará lidar com nomes da oposição em 14 governos estaduais, especialmente no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país.
Há também o caso de dois governadores eleitos – do PSDB – que ficaram neutros na disputa presidencial: Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul, e Raquel Lyra, em Pernambuco.
Aliados de Lula venceram o segundo turno na Bahia, na Paraíba, em Alagoas, Sergipe e no Espírito Santo.
A Bahia, com mais de 11 milhões de eleitores, será o maior estado governado pela base lulista. Jerônimo Rodrigues venceu ACM Neto e conquistou o quinto mandato consecutivo para o PT no governo estadual.
No Espírito Santo e na Paraíba, foram reeleitos os governadores João Azevêdo e Renato Casagrande, do PSB. Em Sergipe, o eleito foi o deputado federal Fábio Mitidieri, que faz parte da ala lulista do PSD, enquanto em Alagoas foi reeleito o governador Paulo Dantas (MDB).
No primeiro turno, aliados de Lula foram eleitos para governar o Amapá, Ceará, Maranhão, Pará, Piauí e Rio Grande do Norte.
Outros 14 estados serão governados por aliados de Jair Bolsonaro neste segundo turno. A principal derrota petista foi em São Paulo. A vitória de Tarcísio de Freitas (Republicanos) consolida um domínio do bolsonarismo no Sul e Sudeste. Nesta última, os governadores Cláudio Castro (PL), no Rio, e Romeu Zema (Novo), em Minas, haviam sido reeleitos em primeiro turno.
Maior colégio eleitoral do país com 34,6 milhões de eleitores, São Paulo será comandado por um governador do núcleo duro do bolsonarismo e talvez atue como uma espécie de contraponto ao governo petista.
No Sul, os bolsonaristas elegeram Jorginho Mello (PL) em Santa Catarina e foram derrotados no Rio Grande do Sul, onde Onyx Lorenzoni (PL) perdeu para Eduardo Leite. Bolsonaro é aliado também de Ratinho Júnior (PSD), eleito no Paraná em 2 de outubro.
No Norte do país, Bolsonaro teve mais duas vitórias neste domingo, com Wilson Lima (União Brasil) no Amazonas e Marcos Rocha (União Brasil) em Rondônia. Pará e Amapá serão governados por aliados de Lula.
No Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul também será governado por um aliado de Bolsonaro, o tucano Eduardo Riedel. No primeiro turno, a disputa para os governos de Mato Grosso e Goiás já havia sido vencida por partidos de direita.
No Rio Grande do Sul e em Pernambuco, os novos governadores ficaram neutros no segundo turno. Eleito para um novo mandato, Eduardo Leite teve o apoio crítico do PT e não deverá ter dificuldade em construir pontes com o novo presidente. Raquel Lyra também manteve a neutralidade contra Marília Arraes (Solidariedade), mas recebeu o apoio de uma pequena parcela do PT e de nomes da esquerda.
A expectativa é que Lula busque construir pontes com governadores da oposição, incluindo nomes como Cláudio Castro e Romeu Zema.
