Aliados de Lula já não acreditam segundo a coluna de Igor Gadelha, que será possível cumprir o propósito que trouxe Geraldo Alckmin para a vice da chapa petista. A negociação com Alckmin foi conduzida por Márcio França e por Fernando Haddad com o objetivo de garantir a eleição de Lula no primeiro turno, mas as pesquisas mostram que uma vitória nessas condições se tornou improvável.
França levou a ideia a Lula e a Haddad dizendo que uma aliança com Alckmin impulsionaria a candidatura do ex-presidente em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, e garantiria os votos necessários para derrotar Bolsonaro sem a necessidade de um segundo turno.
Quando a ideia começou a ser discutida, em setembro do ano passado, Lula apresentava 43% das intenções de voto, contra 28% de Bolsonaro, segundo o Ipespe. Na semana passada, o instituto divulgou levantamento que mostra os candidatos com os mesmos percentuais, mas com uma diferença significativa para aquela época.
As pesquisas indicam que Bolsonaro está recuperando a popularidade e vem conseguindo diminuir a distância para Lula de forma gradual. Em 45 dias, o crescimento do presidente aferido pelo Ipespe chega a 4 pontos percentuais. O petista permaneceu estável no mesmo período.
Os números apresentados por Bolsonaro preocuparam Lula e dirigentes do PT. O ex-presidente reclamou para seus aliados que precisa voltar para as ruas e que as articulações políticas estão tomando mais tempo do que ele gostaria.