Aliados do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), saíram da cerimônia de diplomação mais animados com o discurso do ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), do que com o do petista.
Em fala dura, o ministro disse conforme os colunistas Lucas Borges Teixeira e Paulo Roberto Netto, do UOL, que continuará a combater fake news. Alvo frequente de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro enfatizou que seguirá atuando de forma rígida na identificação de extremistas que atentem contra o Estado Democrático de Direito.
Essa diplomação atesta a vitória plena e incontestável da democracia contra os ataques antidemocráticos, contra a desinformação e contra os discursos de ódio proferidos por diversos grupos organismos que, já identificados, serão integralmente responsabilizados para que isso não retorne nas próximas eleições.”Alexandre de Moraes, presidente do TSE
“Brilhante, brilhante”, dizia o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, ao sair abraçado ao senador Eduardo Braga (MDB-AM), dois grandes interlocutores de Lula dentro do partido.
Alexandre com coragem de sempre não só afirmou a lisura das urnas eletrônicas como afirmou que vai continuar a punir responsáveis pela fake news –ou seja: não vai parar. Esse foi o mais importante: é que vai continuar.”Deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Passou a mensagem. Entre os apoiadores que saíam do auditório, o clima era de surpresa e euforia.
Como o UOL havia antecipado, o discurso duro de Moraes tem objetivo de deixar claro que o processo eleitoral chegou ao fim e que o resultado será respeitado pelas instituições.
Um discurso de respeito à democracia.”
Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
Carlos Lupi, presidente do PDT e ex-ministro de Lula, seguiu no mesmo tom. “Ele passou a mensagem de que vamos seguir o caminho democrático, uma escolha do povo brasileiro. Um discurso muito bom”, completou.
Empolgação durante a diplomação. O auditório lotado, com 280 convidados -grande maioria de aliados políticos de Lula—, seguiu como uma euforia de campanha.
Enquanto o presidente eleito recebia o diploma das mãos de Moares, aliados gritavam “olê, olê, olá, Lula, Lula”. Outros gritos de campanha também foram cantados quando o petista entrou no plenário.
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi aplaudia nas duas vezes em que seu nome foi citado, como costuma acontecer nos eventos do PT.