domingo 30 de junho de 2024
O tenente-coronel Mauro Cid em depoimento à CPI do 8 de Janeiro — Foto: Evaristo Sá/AFP
Home / NOTÍCIAS / Aliados de Bolsonaro cobram Mauro Cid sobre novo interrogatório de sua delação
segunda-feira 18 de março de 2024 às 06:42h

Aliados de Bolsonaro cobram Mauro Cid sobre novo interrogatório de sua delação

NOTÍCIAS


Interlocutores de Jair Bolsonaro (PL) e de militares investigados pela Polícia Federal têm cobrado segundo a colunist Bela Megale, o tenente-coronel Mauro Cid por informações de sua delação premiada. Eles estão proibidos de se comunicarem diretamente entre si por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

O foco de aliados e auxiliares do ex-presidente e de seus ex-ministros da ala militar é ainda conforme publicação no jornal O Globo, levantar todos os dados possíveis sobre o que Cid relatou no seu último interrogatório na Polícia Federal envolvendo o ex-presidente direta ou indiretamente.

Pessoas ligadas ao ex-ajudante de ordens buscaram tranquilizar Bolsonaro. O recado passado é que, em sua delação, Cid não teria envolvido diretamente o ex-presidente e nem chegaria a mencionar palavras como “golpe de Estado”.

A mensagem dividiu Bolsonaro e militares investigado. Uma parte ainda acredita que Cid poupou o ex-presidente e, outra, avalia que o tenente-coronel o colocou como figura central no plano de golpe.

Na semana passada, interlocutores de Cid chegaram a avisar aliados de Bolsonaro que o ex-ajudante de ordens pediria acesso a todos os vídeos dos interrogatórios de sua delação. O argumento era de que Cid teria se queixado de algumas transcrições de suas falas. A solicitação foi feita, mas a PF não deve fornecer o material.

A investigação da PF deixou evidente que o ex-ajudante de ordens detalhou a atuação de ex-chefe, de integrantes do núcleo duro do governo Bolsonaro e militares na trama golpista apurada no inquérito policial. Além disso, outros militares, como os ex-comandantes do Exército, Freire Gomes, e da Aeronáutica, Baptista Junior, colocaram Bolsonaro no centro da ofensiva golpista, em seus depoimentos tornados públicos semana passada.

Cid confirmou todas reuniões mapeadas pela PF nas quais o golpe foi o tema discutido. A efetividade da colaboração do tenente-coronel é uma das condições para a delação de Mauro Cid seguir válida.

Segundo pessoas ligadas ao ex-ajudante de, ele tem mostrado insatisfação com a exposição das informações e passou a culpar seu advogado, Cezar Bitencourt. Familiares de Cid afirmam que, hoje, o que prende o militar ao seu advogado é a alta dívida que acumula e que é paga em parcelas até fevereiro do ano que vem.

Veja também

Ibram diz ter legitimidade para propor ações em favor do desenvolvimento do setor

Citado em pedido de liminar, na Justiça inglesa, de municípios atingidos pelo desastre de Mariana, …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!