O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que a retomada do planejamento energético no Brasil permitiu o avanço das políticas públicas do setor e a ampliação dos investimentos no país. A fala foi realizada durante o lançamento da consulta pública do Plano Decenal de Expansão de Energia 2034, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), na última sexta-feira (8). O PDE estima a injeção de R$ 3,2 trilhões no setor energético nos próximos dez anos.
“A estimativa de injeção é de R$ 3,2 trilhões em nossas áreas de atuação, em petróleo, gás e biocombustíveis, nas linhas de transmissão, na geração de energia, na produção de combustíveis e na nova indústria verde. É isso que torna a nossa transição energética mais justa e mais inclusiva. Isso é criação de emprego e renda, é ênfase numa indústria competitiva, é incentivo às novas tecnologias energéticas, isso é combate à pobreza energética”, afirmou Alexandre Silveira.
O PDE contempla todo o planejamento detalhado do setor para os próximos dez anos, servindo como ferramenta confiável para todos os setores da economia, da infraestrutura e dos ecossistemas conectados ao setor energético brasileiro. Com o lançamento da consulta pública, a sociedade e instituições públicas e privadas poderão contribuir com as projeções e indicações para o futuro energético do país. Também foi assinado pelo ministro a portaria de governança PDE.
Silveira ainda destacou que o governo do presidente Lula trouxe o planejamento de volta para o centro do debate do setor de energia. “Planejar é essencial, desenvolver o país é combater as desigualdades. O Brasil está em franca expansão, se não fortalecermos o círculo virtuoso alimentado pela melhor política, com o bem da população em mente, não seremos capazes de crescer de forma sustentável. Nós estamos falando de pesquisa, de estudo, de ciência, para basear as decisões e traçar o rumo do país no setor de energia para os próximos anos”, pontuou o ministro.
Por fim, o ministro ainda destacou que o plano já contempla os principais programas desenvolvidos nos últimos dois anos, como o Gás para Empregar, o Marco Legal do Hidrogênio, os planos de expansão nas energias renováveis, e os aspectos da Lei do Combustível do Futuro, que está revolucionando a produção dos biocombustíveis no Brasil.
Demanda
O PDE aponta um salto de quase 25% na demanda por energia nos próximos dez anos. A demanda por eletricidade saltará nesse período em 37,7%. Outro dado que o plano mostra é que a demanda por minerais estratégicos para expansão do setor elétrico crescerá 58%.
Para o secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do MME, Thiago Barral, com diversas camadas de informação, o PDE apoia a navegar nas incertezas, riscos e variáveis.
“A cada ciclo, o PDE testa o efeito de novas políticas e nos permite ajustar a rota. O PDE é a base que permite à sociedade debater os rumos do setor energético, com transparência e amparado nas melhores técnicas de planejamento energético da EPE, que aliás, é uma referência internacional”, afirmou.
De acordo com o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Prado, o lançamento da consulta pública é a retomada de um importante produto de planejamento energético para os tomadores de decisão e para os investidores nacionais e internacionais. “O PDE é um elo integrador entre o presente, a política pública e o futuro do Brasil”, afirmou.