O ministro Alexandre de Moraes decidiu somar o relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do dia 8 de janeiro ao inquérito das milícias digitais.
A investigação, comandada por ele, tem ao menos cinco troncos e apura desde a tentativa de golpe de Estado até a disseminação, alimentada com dinheiro público, de informações falsas contra as instituições e as eleições.
O relatório da CPMI foi entregue em mãos ao ministro por integrantes da CPMI que foram ao Supremo. Quem acompanhou a conversa diz ainda que o ministro elogiou o trabalho da relatora, Eliziane Gama (PSD-MA).
Ainda segundo os relatos, Moraes disse que o texto será apensado ao inquérito principal, o das milícias, e eventuais novas provas também serão distribuídas nos demais inquéritos.
O ministro disse que o trabalho estava bem feito e que faria uma “análise detalhada” dos achados da CPMI.
A comissão de inquérito encerrou os trabalhos pedindo o indiciamento de Jair Bolsonaro e mais cerca de 60 pessoas pelos ataques a democracia no dia 8 de janeiro.
A CPMI entendeu que o ex-presidente foi uma espécie de mentor intelectual dos atos — e que trabalhou ativamente para atingir as instituições, numa sequência de gestos que culminou com o 8 de janeiro.