Alexandre de Moraes liberou todo o conteúdo envolvendo as investigações contra Jair Bolsonaro (PL). Ex-presidente emitiu o certificado de vacinação com dados falsos quatro vezes: nos dias 22, 27 e 30 de dezembro de 2022 e no dia 14 de março de 2023. O IP do dispositivo que emitiu o certificado nos dias 22 e 27 de dezembro pertence à Presidência da República
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo da decisão que autorizou as operações de busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na manhã desta quarta-feira (3).
Na decisão, Moraes afirma que a investigação identificou a constituição de uma “associação criminosa” para a prática dos crimes de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde.
O ministro afirma ainda que é “plausível”, “lógica” e “robusta” a participação de Jair Bolsonaro no esquema. Jair Bolsonaro era o principal interessado em inserir os dados falsos sobre sua vacinação para obter vantagem.
A decisão deixa claro que Moraes apenas ordenou, e que os pedido de prisão e de busca e apreensão partiram da própria Polícia Federal.
Em relação a Bolsonaro, Moraes discordou da PGR (Lindora Araújo, amiga de Bolsonaro), que não viu motivos para autorizar buscas na casa do ex-presidente, e concordou com o pedido da PF.
Além de 16 mandados de busca e apreensão, seis mandados de prisão preventiva foram cumpridos nesta quarta. Um dos presos é o ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid, considerado braço-direito de Bolsonaro.