O ministro Alexandre de Moraes encaminhou para análise de Augusto Aras ‘notícia de fato’ apresentado por uma advogada para que Ricardo Salles seja afastado do Ministério do Meio Ambiente e preso por obstrução de Justiça.
O procedimento é padrão. Cabe, obviamente, ao PGR avaliar se há elementos que justifiquem a medida. Aras irritou-se por não ter sido ouvido por Moraes antes da deflagração da Operação Akuanduba.
Em sua decisão, Moraes escreveu que “trata-se de ‘notícia de fato’ apresentada por Cibele Berenice Amorim em face do ministro Ricardo de Aquino Salles”.
“Alega que, ao ocultar seu celular e mudar o número de telefone no curso das investigações, delas tendo ciência, o noticiado, que como ministro tem dever legal de cumprir ordens judiciais de outros Poderes, incorreu, em tese, em tipos penais e de improbidade administrativa, visando obstruir a aplicação da lei penal e embaraçando a investigação de organização criminosa transnacional.”
Apesar de ter sido alvo de buscas, Salles permaneceu no cargo, ao contrário do presidente do Ibama e de outros 9 investigados.