O ex-deputado federal Deltan Dallagnol, a pré-candidata à prefeitura do Rio de Janeiro Carolina Sponza e o pré-candidato a vereador do Rio de Janeiro Jonathan Mariano apresentaram segundo O Antagonista, na terça-feira (04), uma notícia-crime à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes por abuso de autoridade.
A denúncia refere-se à decisão do ministro de mandar prender duas pessoas acusadas de ameaçar a ele próprio e a seus familiares. Na peça, Deltan e os pré-candidatos apontam que Alexandre de Moraes ordenou a prisão de duas pessoas que teriam ameaçado a ele e sua família, agindo como juiz em um caso no qual ele mesmo era a vítima, o que caracteriza impedimento legal.
Além disso, os suspeitos não possuem foro privilegiado no STF, de modo que a Corte não tem competência para julgar o caso, que é da Justiça Federal de primeira instância.
“Em vez de encaminhar o pedido de prisão da PGR para a primeira instância ou para outro ministro do Supremo, Alexandre de Moraes agiu como tem feito há tempos, atropelando a Constituição e as leis”, afirmou Deltan Dallagnol.
Na justificativa da ação, os integrantes do Novo apontam que “mesmo ciente do impedimento para decretar a prisão de dois suspeitos, o Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes proferiu decisão, com a decretação de prisão de cidadãos, ainda que não tivesse nem mesmo naquela ocasião poder para exercer a jurisdição, por expressa disposição do inc. IV, do art. 252, do CPP”.
Carolina Sponza, pré-candidata do Novo à prefeita do Rio de Janeiro, destacou que a PGR precisa investigar possíveis crimes de abuso de autoridade. “Moraes jamais poderia ter decidido, como juiz, um caso que envolve ele mesmo e seus familiares, portanto, ele estava impedido desde sempre”, declarou Sponza.
“Nós do Novo somos anticrime e repudiamos qualquer crime de ameaça contra quem quer que seja, mas qualquer punição deve ser feita de acordo com a Constituição e as leis do Brasil, respeitando o devido processo legal e regras de competência. Mas já faz anos que isso não é respeitado pelo ministro Alexandre de Moraes”, destacou Mariano.