domingo 26 de janeiro de 2025
Foto: Reuters
Home / JUSTIÇA / Alexandre de Moraes defende debate com plataformas para proposta de regulamentação das redes
quarta-feira 1 de março de 2023 às 20:37h

Alexandre de Moraes defende debate com plataformas para proposta de regulamentação das redes

JUSTIÇA, NOTÍCIAS


O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, defendeu a construção de uma proposta de regulamentação das redes sociais em parceria com as empresas para envio ao Congresso Nacional, onde o assunto é atualmente debatido.

“Não tenho dúvidas de que, se não for algo construído em conjunto e, principalmente, com base na autorregulação das próprias plataformas, a chance de ser eficiente é muito pequena”, afirmou Moraes nesta quarta-feira (1º) em encontro com representantes das empresas.

Ele anunciou a criação de um grupo de trabalho conjunto para apresentação e discussão de propostas de melhoria da autorregulação de conteúdo, e posterior envio aos parlamentares.

Participaram da reunião as plataformas Tik Tok, Twitter, Meta (WhatsApp, Facebook e Instagram), Telegram, YouTube, Google e Kwai. As empresas são parceiras do Programa de Enfrentamento à Desinformação, criado em 2019.

Em agosto de 2021, o programa se tornou uma ação permanente do TSE, com a escalada dos ataques à Justiça Eleitoral e a seus integrantes. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e auxiliares próximos protagonizaram parte desses ataques.

O combate à desinformação durante o processo eleitoral possibilitou, segundo Moraes, a certeza de que há necessidade de uma cooperação maior entre o poder público e as redes sociais.

“Precisamos aproveitar a experiência nessa intensidade vivida, uma vez que nenhum país teve a intensidade de ataques pelas redes que o Brasil teve nas eleições e depois no dia 8 de janeiro, que foi o ápice de ataques ao Estado democrático de Direito”, frisou.

O magistrado disse que a culpa não foi das plataformas, mas que os responsáveis pelos atos antidemocráticos as têm instrumentalizado.

“Então, essa instrumentalização, com a experiência que tivemos nas eleições e até no 8 de janeiro, acho que a gente pode aproveitar para construir alguma coisa para tentar evitar isso.”

Segundo o presidente do TSE, duas questões são importantes no debate sobre a regulação do setor.

A primeira é aproveitar o que as próprias plataformas têm de mecanismos e ferramentas para a realização do autocontrole em temas como pedofilia e pornografia infantil, e ampliar para o controle de discurso de ódio e atentados antidemocráticos.

O segundo ponto importante é fixar o nível de responsabilidade das plataformas, principalmente para os conteúdos onde há monetização e impulsionamento pelos algoritmos.

Ele reforçou que as empresas devem prevenir e coibir a disseminação de discursos de ódio, incitação à violência e atentados contra a democracia e as instituições na internet.

Os representantes das redes sociais fizeram um balanço sobre as ações implementadas para impedir a replicação de notícias falsas e reafirmaram o compromisso na construção de iniciativas em conjunto com a Justiça Eleitoral.

Além de Moraes, participaram da reunião o corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, as ministras Isabel Gallotti e Maria Claudia Bucchianeri e o ministro André Ramos Tavares, além do secretário-geral da presidência do TSE, José Levi, e assessores diretos do presidente.

Veja também

Batida entre caminhões mata três pessoas no interior da Bahia

Três pessoas morreram depois que dois caminhões bateram de frente, na madrugada deste sábado (25), …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!