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quinta-feira 24 de agosto de 2023 às 06:17h

Alckmin, Lira e parlamentares lamentam morte de Francisco Dornelles

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O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e diversos políticos lamentaram a morte do ex-senador e presidente de honra do PP, Francisco Dornelles.

Nas redes sociais, Alckmin disse que recebeu “com pesar a notícia de falecimento do ex-governador, ex-senador e ex-ministro, Francisco Dornelles”.

“Teve uma longa trajetória no serviço público, inclusive como ministro da Indústria e Comércio, do presidente FHC (Fernando Henrique Cardoso). Transmito a seus familiares e amigos meus sentimentos e orações”, escreveu o vice-presidente, que está no comando do governo federal enquanto o presidente Luiz Inácio da Silva viaja para países da África.

O presidente da Câmara, aliado político de Dornelles e seu colega de partido, declarou que ele era “referência na política nacional”.

“Hoje o PP perdeu o seu presidente de honra, o ex-deputado federal, ex-senador, ex-ministro e ex-governador do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles. Ex-presidente do partido, ao longo de sua trajetória política Dornelles é referência política nacional e um exemplo de homem que fazia a Política maior. Meus sentimentos aos familiares e amigos”.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli divulgou nota lamentando a morte de Dornelles e afirmou que o político “sempre desempenhou com competência e espírito público os relevantes cargos”. Ele lembrou ainda o encontro com Dornelles, então senador, quando participou de sabatina no Congresso para assumir o posto na Corte.

“O Brasil perdeu hoje um dos seus melhores homens públicos. (…)Tive a honra de tê-lo como relator de minha sabatina na CCJ do Senado Federal, quando indicado pelo Presidente Lula para o cargo de Ministro do STF, momento em que pude conviver com sua cordialidade e dedicação aos assuntos do Estado. Manifesto minha solidariedade à família e amigos do ex-Governador Francisco Dornelles e meus votos para que Deus conforte a todos”, diz o texto da nota.

Além de senador, Dornelles foi ministro da Fazenda, deputado, vice-governador, governador e secretário da Receita. Ele nasceu em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, em 1935, e fazia parte de uma família com ampla vocação política.

Por parte de pai, era primo de segundo grau do ex-presidente Getúlio Vargas. Pela da mãe, sobrinho dos ex-presidentes Tancredo Neves e Castelo Branco, além de ter como tio Ernesto Dornelles, que já foi senador e governador do Rio Grande do Sul.

Primo em segundo grau de Dornelles, o ex-presidente do PSDB e deputado Aécio Neves (MG), neto de Tancredo, afirmou que o ex-senador leva com ele “as melhores histórias” da política.

– É uma perda enorme para a boa política, para a política do entendimento, da articulação. Além de tudo, infelizmente leva com ele as melhores histórias que eu já ouvi da política. Ele era uma memória viva desses tempos.

O tucano também ressaltou a ligação do presidente de honra do PP com Tancredo Neves, primeira pessoa a ser escolhida presidente da República após o período da Ditadura Militar, que morreu antes de assumir o cargo.

– (Dornelles) Era o homem de confiança do presidente Tancredo durante todo aquele processo de transição democrática, executando muitas missões que Tancredo só confiava a ele. No momento que nós fizemos aquela viagem presidencial com Tancredo, presidente eleito, aos Estados Unidos, nossa prioridade maior, até para viabilizar o governo que ia assumir, era a renegociação da nossa dívida externa. Foi a Dornelles que Tancredo entregou essa negociação.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), também se manifestou sobre a perda. Paes disse que ouvia o ex-senador em todas as decisões que tomava.

“Nos deixa hoje uma das figuras mais importantes da política brasileira dos anos 60 até os dias de hoje. Secretário da Receita, ministro duas vezes, deputado federal, senador, vice-governador e governador do Rio, Francisco Dornelles vivenciou todos os momentos importantes desse país durante os últimos 60 anos. Tive a honra de receber seu apoio em várias eleições e, muito especialmente, ter tido a sorte de ouvir seus conselhos e ‘causos’. Nos últimos 20 anos não fiz um movimento sequer em minha trajetória política sem ouvi-lo antes”.

O ex-governador o Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB-RJ), de quem Dornelles foi vice, também lamentou a morte do político.

— Eu perdi um amigo pessoal e um grande companheiro da vida política. O Estado do Rio e o Brasil perderam um homem público único, que dedicou sua vida a causa pública, com extrema competência e dedicação — afirmou Pezão.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, declarou que o ex-ministro tinha “uma participação destacada”.

“Fomos parlamentares na Câmara e no Senado por algumas legislaturas e sou testemunha da participação destacada de Dornelles na formulação de políticas públicas relevantes. Apesar das divergências, sempre mantivemos uma relação cordial, republicana e respeitosa”, disse.

O líder do PP na Câmara, André Fufuca (MA), divulgou uma nota, em que disse que “sua perda deixa um vazio não só no coração de cada Progressista espalhado pelo país, como também em toda política nacional. Nossos sentimentos à família e a todos que, como nós, sentem a perda desse grande homem”.

O secretário estadual de Saúde do Rio, Dr. Luizinho, também filiado ao PP e aliado próximo de Dornelles, classificou ele de “líder, ídolo e o maior político da História do Rio de Janeiro”.

O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, afirmou que aprendeu com a “inteligência invulgar, estilo elegante e perspicácia” do político do PP. O ex-senador e ministro do TCU Antonio Anastasia disse que ele “era comprometido, responsável, inteligente e trabalhador, um grande amigo e conselheiro”.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, afirmou que a “sua trajetória faz jus aos parentes, Tancredo e Getúlio”. O ex-jogador e senador Romário (PL-RJ) declarou que Dornelles “atuou vividamente em defesa dos interesses do estado fluminense em Brasília”.

O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que ele e o ex-senador eram muito próximos. “Muito triste com a notícia da morte de Francisco Dornelles. Fomos senadores juntos, éramos muito próximos. Tínhamos uma relação fraterna, de admiração e respeito. Atuamos juntos no Senado em defesa dos interesses do Rio de Janeiro. Toda minha solidariedade aos familiares e amigos!”, disse o parlamentar.

O político também foi homenageado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Em nota, a organização lembrou que Dornelles recebeu em 1996 a medalha do Mérito Industrial, honraria máxima da indústria fluminense.

“Dornelles reunia dois talentos: era um estudioso, que discutia os temas em profundidade com qualquer técnico, e um político muito hábil em construir consensos. Ele tinha uma habilidade extraordinária, perdemos um PhD em política”, lembrou Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan.

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