A cúpula do PT assegura que são passadas resistências à possível aliança entre o ex-presidente Lula da Silva e o ex-tucano Geraldo Alckmin – principalmente da ala esquerdista radical. Independentemente do partido ao qual Alckmin decidir se filiar – PSB ou PSD – segundo a coluna Esplanada, a chapa terá o apoio do PT de Norte a Sul. Sobre as trocas de acusações entre Lula e Alckmin anos atrás, a posição dos petistas agora é de “conciliação”, palavra muito usada nas últimas reuniões dos caciques do partido. Alckmin deve ter um encontro em breve, a sós, com a cúpula do PSB, incluindo o presidente Carlos Siqueira. Mas mantém ativo o diálogo com Gilberto Kassab, que lhe ofereceu a legenda, antes do PSB, para se candidatar ao Governo de São Paulo.
Alckmin é movido também pela vendeta. Abandonado pelo PSDB, se vinga de João Doria Jr – que lançou em SP – e de adversários que apostaram no seu fim político.
Um grande empresário do Centro-Oeste diz que Alckmin agrega valor à chapa com o perfil conciliador e diálogo com a Igreja e com o empresariado de direita que não gosta do petista.
Há quem aposte, também, que Lula e o PT tentam conquistar Alckmin para uma armadilha. Ele ajuda os petistas, mas, se Lula eleito, seria o vice escanteado no Anexo.