O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), reforçou a posição do governo, nesta segunda-feira (10), de que é preciso aguardar uma decisão oficial dos Estados Unidos sobre a questão da taxação para avaliar possíveis respostas.
Neste domingo (9), o presidente Donald Trump declarou que fará um anúncio sobre a imposição de uma taxa de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio destinadas ao mercado norte-americano. A medida é parte de sua estratégia de reavaliação da política comercial do país, que ficou conhecida como ‘tarifaço’.
Se colocada em prática, a nova taxação terá impactos sobre o Brasil, já que os Estados Unidos são o maior comprador do aço brasileiro. Segundo dados do Instituto Aço Brasil, em 2024, apenas o Canadá superou o Brasil na venda de aço aos EUA.
Alckmin reforçou a boa e duradoura relação do Brasil com os Estados Unidos, com exportações equilibradas entre os dois países, e disse acreditar em uma saída com diálogo.
“Vamos aguardar, porque nós acreditamos muito no diálogo. Isso já aconteceu antes e foram estabelecidas cotas. A parceria Brasil-Estados Unidos é equilibrada, é um ganha-ganha. Nós exportamos para eles, eles exportam para nós, ganha a população. Quem tem mais competitividade consegue colocar mais e melhor os seus produtos em benefício da população”, afirmou.
A declaração foi dada durante visita à planta da Bionovis, em Valinhos, São Paulo, onde foi feito o anúncio da aprovação da Anvisa para que a empresa produza o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) para medicamento contra doença autoimune.
Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia dito que o governo só irá se manifestar sobre o tema após “decisões concretas” dos Estados Unidos antes de dar qualquer resposta.