O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta quarta-feira (17) que o futuro governo deverá ter um número de ministérios semelhante ao de núcleos temáticos em funcionamento durante a transição: 31. Atualmente, a gestão de Jair Bolsonaro mantém 23 pastas no Executivo federal. Seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva, já deixou claro que vai criar novos órgãos de primeiro escalão.
— Não é obrigatório cada grupo de técnico ter um ministério correspondente, mas eles são muito próximos. Não é exatamente igual, mas são próximos. São as áreas de maior preocupação e maior empenho em políticas públicas — afirmou o vice, durante coletiva na noite desta última quarta (16).
O futuro governo avalia desmembrar alguns ministérios em mais de um. Um dos casos que está no horizonte de Lula é da pasta de Desenvolvimento Regional, que engloba os programas de habitação. Os petistas estudam recriar o Ministério das Cidades, por exemplo, que passaria a comandar as políticas públicas voltadas a esse tema.
Alckmin falou após receber do Tribunal de Contas da União (TCU) quatro relatórios que apontam áreas consideradas mais vulneráveis do Executivo federal.
Ele adiantou que o futuro governo vai se debruçar, por exemplo, sobre o trabalho de fiscalização do TCU sobre a eficiência do programa de transferência de renda, o Auxilio Brasil, que será rebatizado de Bolsa Família. O vice eleito já adiantou, porém, que Lula decidiu conceder um benefício extra de R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos de idade.