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terça-feira 13 de setembro de 2022 às 06:02h

Alas do PDT discutem adotar neutralidade em possível 2º turno

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Integrantes do PDT de Ciro Gomes (PDT) já discutem se o partido deve adotar neutralidade ou apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em eventual segundo turno das eleições presidenciais entre o petista e o presidente Jair Bolsonaro (PL). A apuração é do analista da CNN Leandro Resende.

Com Ciro atrás nas pesquisas de intenção de voto, membros do PDT do Rio Grande do Sul acreditam que o partido deve permanecer neutro no segundo turno. De acordo com integrantes do diretório gaúcho ouvidos pela CNN, não dá para imaginar que o PDT do RS tope subir no palanque com Lula e, caso isso aconteça, é possível que exista uma debandada do partido.

O cenário é diferente da realidade de outros estados. No Maranhão, o candidato ao governo do PDT, Weverton Rocha, já declarou apoio a Lula através das redes sociais. No Rio de Janeiro, Felipe Santa Cruz (PSD), vice na chapa de Rodrigo Neves (PDT), também defende abertamente o “voto útil” no ex-presidente.

Para o presidente do PDT de Minas Gerais, Mario Heringer, mesmo que o partido declare apoio a Lula, é difícil que a militância cirista tope caminhar com o petista.

O ex-governador do Ceará tem dito que não apoiará Lula em um eventual segundo turno e tem feito uma campanha com duras críticas ao ex-presidente, o que é motivo de preocupação para membros da legenda.

Para parte dos aliados de Ciro, o pedetista vem exagerando no enfrentamento a Lula. Recentemente, o presidente do PDT, Carlos Luppi, reprovou a publicação de uma postagem que questionava a saúde de Lula. Outra ala do PDT, no entanto, acredita que essa deve ser a postura adotada pelo candidato para conseguir votos.

Na avaliação de membros do PDT, há também uma ofensiva do PT em busca do chamado “voto útil”, o que pode dificultar o apoio dos pedetistas a Lula no segundo turno.

Em 2018, Ciro viajou a Paris após o resultado do primeiro turno, o que é alvo de críticas de parte da esquerda, e não subiu no palanque de Fernando Haddad (PT), candidato derrotado em segundo turno por Bolsonaro. O PDT, no entanto, declarou apoio formal ao ex-prefeito de São Paulo naquela disputa.

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