Com o objetivo de chegar ao quinto mandato consecutivo, a duas semanas no início oficial do período de convenções, a vereadora Aladilce Souza (PCdoB) prevê uma “dose muito grande de incerteza” na eleição de 2020, principalmente em função da pandemia do novo Coronavírus.
A meta do seu partido, que terá a deputada estadual Olívia Santana como candidata a prefeita, é segundo o site de Elivásio Junior, duplicar o número de cadeiras que ocupa atualmente no Legislativo – além da presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, o chefe do Sindicato dos Rodoviários, Hélio Ferreira, também é da sigla comunista. A chapa proporcional está “praticamente fechada”, segundo a edil, e entre as apostas está o próprio comandante municipal da legenda e ex-vereador Everaldo Augusto.
“Essa é uma eleição extremamente desafiadora porque é um pleito muito pulverizado. Neste ano nós temos esse desafio a mais que é fazer a campanha sem aglomeração, sem corpo-a-corpo e levar para o ambiente virtual, no momento em que a população está enfrentando a dor da perda de familiares, e ainda conseguir a adesão do público para que a gente possa ter um resultado vitorioso”, afirmou Aladilce.
A comunista acredita que, apesar de o pleito ser municipal, o contexto político nacional vai influenciar em todas as votações. Enfermeira e ativista dos movimentos da área de saúde, ela clama para que os postulantes consigam fazer uma “conexão local-nacional” para os eleitores.
“Bolsonaro sabota as medidas necessárias e importantes para que a gente possa enfrentar a pandemia e faz exatamente o contrário, incentivando a aglomeração e desconstruindo tudo o que a ciência tem recomendado. O povo precisa compreender que, para o Brasil avançar e resgatar as conquistas e as possibilidades da democracia e da liberdade, passa por a gente ter outro posicionamento em relação a esse governo autoritário neofascista que está aí e que só tem feito mal ao povo brasileiro, à ciência, à cultura e ao avanço das nossas condições de vida”, apontou.
Na avaliação de Aladilce, o aumento da popularidade do presidente Jair Bolsonaro nas pesquisas se deve ao fato de boa parte da população necessitar do auxílio emergencial e ao “grau de politização muito baixo” dos brasileiros.