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Proponente do concorrido evento, Maria del Carmen parabenizou a CNBB por ter escolhido como tema o combate à fome Foto: Ascom ALBA/Agência ALBA
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sexta-feira 17 de março de 2023 às 16:06h

AL-BA promove sessão especial para debater Campanha da Fraternidade 2023

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A Campanha da Fraternidade 2023 foi motivo de sessão especial realizada na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), nesta quinta-feira (16), proposta pela deputada Maria del Carmen (PT). O objetivo do evento foi promover reflexão e debate sobre a iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de ter o combate à fome como tema.

Sob o comando da proponente do ato, a mesa foi composta pelo arcebispo da Arquidiocese de São Salvador e Primaz do Brasil, dom Sergio da Rocha; a pesquisadora na área da Segurança Alimentar e Nutricional da Ufba, Sandra Chaves; o coordenador Geral de Ações Estratégicas de Combate à Fome do Governo do Estado da Bahia, Tiago Pereira, o presidente-executivo da Ação Social Arquidiocesana (ASA), padre José Carlos; a coordenadora do Núcleo de Gestão Estratégica da Defensoria Pública, Mônica Aragão; o coordenador da Comissão Nacional de Soberania Segurança Alimentar dos Agentes de Pastoral de Negros do Brasil, Edgard Amaral; o deputado Raimundinho da JR (PL); a vereadora Marta Rodrigues; a presidente da Câmara de Vereadores de Lauro de Freitas, Naide Brito, o sociólogo e coordenador do Instituto Reparação, Ailton Ferreira; a coordenadora do Projeto Levanta-te e Anda da Arquidiocese de Salvador, Gilcilene Ferreira, e o pároco da paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, padre Jorge de Souza.

Em sua fala, Maria del Carmen parabenizou a CNBB pela campanha e pela escolha do tema e ressaltou a importância de conscientizar a sociedade sobre a importância de combater a fome e a desnutrição, e promover o acesso à alimentação adequada e saudável para todos os brasileiros.

A parlamentar mostrou indicadores de insegurança alimentar no Brasil atual, que dão conta que 33 milhões de pessoas passam fome, 41% delas no Norte e Nordeste, e a maioria mulheres lactantes. “No país, 59% sofrem algum tipo de insegurança alimentar e dado macabro impacta no desenvolvimento intelectual. Estudantes desnutridos não aprendem bem na escola, pessoas adultas desnutridas não desenvolvem bem suas atividades de trabalho”, afirmou.

Segundo a petista, o tema deste ano é fundamental para a promoção da solidariedade e da justiça social no Brasil, “principalmente quando temos na presidência um governo comprometido a tirar o Brasil do mapa da fome”.

Entretenimento

Pesquisadora na área da Segurança Alimentar e Nutricional da Ufba, Sandra Chaves lembrou a história da luta contra a fome no Brasil, liderada pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, em 1993, “mas só em 2003, o assunto entra efetivamente na agenda política brasileira, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que criou o Ministério do Desenvolvimento Social e o Programa de Combate à Fome, chamado inicialmente Fome Zero. Em 2014, o Brasil saiu do mapa da fome elaborado pela Fundação das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação”, narrou.

O retrocesso, de acordo com a acadêmica, começou a partir de 2017, quando o Brasil voltou ao mapa da fome, “devido ao golpe e à má gestão federal, paralisando políticas públicas, como o Programa de Aquisição de Alimentos, programas de transferência de renda e Minha Casa, Minha Vida. O resultado está na pesquisa domiciliar recente em todo o país: 33 milhões de brasileiros passando fome”, lamentou.

Solidariedade

Representando a CNBB, o arcebispo da Arquidiocese de São Salvador e Primaz do Brasil, dom Sergio da Rocha, agradeceu à Maria del Carmen e à Casa Legislativa pelo apoio à campanha.

O religioso falou sobre as campanhas de fraternidade da Igreja Católica cujos temas, inspirados no evangelho, são pensados para conscientizar a população da realidade vivida pelos mais pobres, fragilizados e excluídos, e promover iniciativas de solidariedade.

“Tudo isso, para nos levar a iniciativas concretas de solidariedade e de partilha, pensando em ajudas emergenciais, mas, também, em ações que ultrapassam esse nível espontâneo e pessoal, mas que sejam comunitárias, e sobretudo, as iniciativas de caráter sociopolítico”, concluiu.

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