quinta-feira 17 de outubro de 2024
Evento promovido pela Comissão de Educação foi comandado pela deputada Olívia Santana (PC do B) Foto: Juliana Andrade/Agência ALBA
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quarta-feira 9 de outubro de 2024 às 19:59h

AL-BA promove audiência para debater os desafios da fisioterapia e terapia ocupacional

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Em audiência pública realizada nesta quarta-feira (9), a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) debateu os desafios e oportunidades da fisioterapia e terapia ocupacional no contexto da saúde pública e privada. O evento, promovido por meio da Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Serviço Públicos, também celebrou o 13 de outubro. Nesta data, no ano de 1969, a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional foram regulamentadas no Brasil.

Segundo a deputada Olívia Santana (PCdoB), que presidiu o encontro, o objetivo central da audiência pública foi discutir a condição do profissional. Conforme ressaltou a parlamentar, a população baiana está envelhecendo e precisando cada vez mais do acompanhamento de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais para a garantia da qualidade de vida.

“A gente viu que desde a pandemia esses profissionais estão sendo extremamente necessários para a recuperação da saúde física das pessoas, mas não somente aquelas que foram vítimas do coronavírus. Todas as pessoas”, afirmou.

O evento foi palco para a discussão de relevantes temas ligados às profissões – a exemplo da terceirização e a saúde dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais; a defesa do ensino presencial e a qualidade da formação do profissional; e o piso salarial, cujo projeto de lei ainda tramita no Congresso Nacional. Para a vice-presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 7ª Região (Crefito 7), Suely Galvão, esta é uma demanda legítima e de suma importância para a categoria. “O projeto estabelece um piso de R$4.650 para trinta horas semanais. Isso é o mínimo para que o profissional da fisioterapia e terapia ocupacional tenha o seu trabalho valorizado e assegurada uma vida digna”, ressaltou.

Outro assunto debatido foi a necessidade de inserção da fisioterapia e da terapia ocupacional na assistência pública e privada na Bahia. De acordo com o presidente do Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais (Sinfito), Gláucio Roberto, ainda é insatisfatória a oferta de profissionais das áreas no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o sindicalista, é cada vez maior a demanda através do SUS, principalmente para pacientes com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

“Os fisioterapeutas e os terapeutas ocupacionais são fundamentais para os pacientes com TEA, mas também para quem sofreu violência ou mesmo acidente e apresenta uma sequela motora. O problema é que a demanda só cresce, e a fila está longa. Quem entrar com uma solicitação hoje só conseguirá ter a primeira consulta daqui a 3 anos”, explicou.

Além dos desafios das categorias, a audiência pública também foi um momento de celebração, com homenagem aos profissionais referências nas áreas. O público presente exaltou a instalação da ouvidoria da mulher no Crefito 7, concretizada há dois meses. Segundo a fisioterapeuta Isabela Conde, ouvidora adjunta do Crefito 7, a ouvidoria do Conselho é pioneira no Brasil, e foi instalada após sucessivas denúncias de pacientes vítimas de assédio cometido por profissionais. “A gente encaminha as denúncias de assédio moral ou sexual, racismo ou qualquer discriminação para a nossa equipe jurídica e para o Conselho de Ética, além de acolhermos a vítima. Existe essa rede de apoio para que a mulher não seja revitimizada”, frisou.

A audiência pública foi realizada nas salas das comissões Herculano Menezes e Luís Cabral, que estiveram conjugadas durante toda a manhã. Além dos já mencionados, participaram do encontro o representante do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), Gustavo Fernandes Vieira; a terapeuta ocupacional, professora e pesquisadora da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Andreia Garboggini; e a fisioterapeuta, professora e membro da Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia, Luciana Bilitário.

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