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quinta-feira 15 de agosto de 2019 às 16:02h

AL-BA e Academia de Letras da Bahia lançam livro

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“Esse é um projeto muito bonito e forte, que mostra o papel extraordinário da Assembleia Legislativa da Bahia, de estímulo à cultura no nosso estado, possibilitando edições e reedições de obras importantes da literatura baiana”. Com essas palavras, o escritor e antropólogo Ordep Serra se referiu à coleção Mestres da Literatura Baiana, uma parceria da ALBA com a Academia de Letras da Bahia que, nesta quarta-feira (14), lançou seu mais novo livro, intitulado Alalá do Luaréu.

A cerimônia de lançamento contou com a presença do presidente da ABL, Joaci Góes, do procurador chefe da Alba, Graciliano Bonfim, representando o presidente da Casa, deputado Nelson Leal, acadêmicos – entre eles Juarez Paraíso – colegas e admiradores do trabalho do escritor.

Recepcionando os presentes, o presidente da ABL elogiou a obra lançada, como “uma criação da mais alta qualidade, seja na criação quanto no processo, seja na linguagem que ele utiliza para encantar o leitor” e ressaltou a parceria com a Casa Legislativa. “Temos essa tradição de sermos uma entidade umbilicalmente ligada à Assembleia Legislativa”, colocou Góes, relatando nascimento da ABL, em 1917, dentro da Assembleia Legislativa, instalada na época na Ladeira da Praça..

O procurador chefe da AL-BA, Graciliano Bonfim, também abordou o longo relacionamento com a primeira e principal parceira do Programa Editorial do Legislativo, “relacionamento inaugurado no final do século passado com a publicação do livro Pau de Colher, do engenheiro Raimundo Estrela, que documenta uma luta análoga a dos devotos do Conselheiro, em escala reduzida, ocorrida em Casa Nova, no Médio São Francisco”, relatou.

Bonfim ressaltou o apreço do Legislativo pelas atividades patrocinadas pela ABL, como cursos, seminários, edição de livros, recepção aos estudantes e acesso franco à biblioteca, “por si só é um paradigma de zelo com a cultura da nossa gente e da nossa terra”, enfatizou.

No evento, Ordep definiu sua a obra como um romance moderno, bem contemporâneo, experimental, de estrutura complexa, nova, onde combina diversas linguagens. “Parte está escrita num dialeto comum, próprio da região de Salvador e do Recôncavo, e outra no dialeto sertanejo, com várias intervenções que dão lugar ao teatro, cinema, uma estrutura complexa”, explicou.

Dividido em 4 partes, o romance sugere um fato comum que ninguém consegue lembrar direito, nos anos 70, “época em que os homens chegaram à lua e a Bahia foi “invadida” pelos hippies, a ditadura começa a agonizar, tem esse enquadramento. Uma história que ninguém quer falar, e tenta esquecer”, acrescentou.

A coleção Mestres da Literatura Baiana foi criada, em 2012, pela Assembleia em parceria com a Academia de Letras da Bahia. A coleção contempla todos os gêneros literários e tem como critérios a qualidade da obra e sua importância no contexto cultural da Bahia. Entre os livros já lançados pela coleção estão A Bahia já foi Assim, escrito pela folclorista Hildegardes Vianna, Contos e Novelas Reunidos, do escritor Hélio Pólvora e Antologia Poética, de Affonso Mante, entre outros.

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