Consternou a Assembleia Legislativa o falecimento do ex-deputado estadual, ex-prefeito de São Francisco do Conde, Osmar Ramos. Ele estava com 92 anos. O presidente Nelson Leal (Progressistas) declarou luto oficial de três dias em reverência à memória do ex-parlamentar, solidarizando-se com familiares e amigos ao tempo em que “rogou a Deus que conforte a todos que tiveram o privilégio do convívio com ele, guardando na memória os muitos momentos alegres passado em sua companhia, em sua longa e produtiva vida”.
O deputado Nelson Leal conheceu, mas não chegou a conviver com Osmar Ramos na Assembleia Legislativa. “Homem extrovertido, de temperamento alegre, Osmar Ramos deixou saudades entre os colegas deputados e funcionários – mas a sua paixão era sua terra (São Francisco do Conde) e sua gente”, completou o presidente do Legislativo.
Osmar Ramos se tornou nacionalmente conhecido no início dos anos 90 – foi prefeito entre 1989 e 1992 – com o bordão “sábado que vem tem mais”. A frase era usada a cada inauguração que realizava. O então prefeito fazia um evento comemorativo semanalmente. Ele nasceu em 7 de julho de 1927, foi casado com dona Ivone Maria dos Santos Ramos e teve dez filhos Ivone Maria, Osman, Odízia Maria, Zenira Maria, Osmar, Ozenir Maria, Ozenilda Maria, Marluce Maria, Osmaracira e Osvan.
Funcionário do município onde ingressou como porteiro e fez rápida carreira, se elegeu vereador pela primeira vez em 1958, se reelegendo por outras seis oportunidades. Presidiu a Câmara Municipal duas vezes e se elegeu à prefeitura para os períodos 1989 e 1992 e 1997-2000. Ele voltou a se candidatar à Assembleia Legislativa e à prefeitura em outras oportunidades, mas sem sucesso.
No Legislativo concorreu e venceu as eleições de 1994 pelo PMDB, mas renunciou no final de dezembro de 1999 para retornar à prefeitura em 1º de janeiro de 2000. Na Assembleia foi membro titular das comissões de Finanças e Orçamento, Desenvolvimento Econômico e Turismo e vice-líder de seu partido. Foi ainda presidente do diretório do PMDB em São Francisco do Conde entre 2002 e 2003.