Airbus e Boeing vão buscar tecnologia de propulsão elétrica híbrida quando desenvolverem a próxima geração de aviões pelas limitações de melhoria dos motores atuais, afirmou o presidente de uma grande empresa de leasing.
A Airbus há está trabalhando em uma solução de propulsão híbrida e a Boeing provavelmente será mais cautelosa sobre fazer um grande investimento em um novo programa de aeronave diante dos problemas para a volta dos voos do 737 MAX e da certificação do 777X, disse o presidente da Air Lease Corp, Steven Udvar-Hazy, durante um fórum do setor.
“Tenho sérias dúvidas se Boeing ou Airbus possam projetar um avião totalmente novo usando as tecnologias atuais de motores que possa ter uma vantagem significativa, digamos de dois dígitos, sobre o que já temos”, disse o executivo se referindo à eficiência no consumo de combustível. “Então, o que vejo evoluindo é mais na direção da propulsão híbrida.”
Udvar-Hazy disse que os motores híbridos permitiram o desenvolvimento de aeronaves mais leves e servirão como uma tecnologia de transição em vez de uma mudança acentuada.
A Airbus afirmou no ano passado que estava considerando produzir um avião híbrido até 2035 e a Rolls-Royce anunciou em março que espera que aviões com propulsão híbrida possam transportar cerca de 100 pessoas em voos comerciais até 2029.
Representantes da Boeing não comentaram o assunto.
O diretor de estratégia ambiental da Boeing, Sean Newsum, afirmou em janeiro que levar a tecnologia de motores híbridos para um avião do tamanho de 737 pode levar décadas