O acordo de parceria entre Mercosul e União Europeia (UE), cujas negociações foram finalizadas nesta sexta-feira (6), vai diversificar as parcerias comerciais do Brasil e dinamizar os fluxos de investimento no País, afirmou o Ministério da Agricultura. Em nota, a pasta destacou que o bloco europeu já é o segundo maior parceiro comercial do Brasil, com corrente de comércio de aproximadamente US$ 92 bilhões em 2023.
“O acordo deverá reforçar a diversificação das parcerias comerciais do Brasil, ativo de natureza estratégica para o País, além de fomentar a modernização do parque industrial brasileiro com a integração às cadeias produtivas da UE”, diz a nota. “Espera-se, da mesma forma, que o acordo dinamize ainda mais os fluxos de investimentos, o que deve reforçar a atual posição da UE como a detentora de quase metade do estoque de investimento estrangeiro direto no Brasil.”
Compromissos assumidos no acordo ainda vão “aprofundar a integração econômica” do Mercosul, fortalecendo instituições como a Tarifa Externa Comum (TEC), segundo a pasta. Também deve resultar em um “ciclo virtuoso” de inserção internacional do bloco, porque poderá ampliar o interesse de terceiros em negociar entendimentos, afirmou a Agricultura.
O ministério disse que o acordo
o maior bilateral do mundo, quando medido pela população e Produto Interno Bruto (PIB) conjuntos dos dois blocos, de 718 milhões e US$ 22 trilhões, respectivamente – reforça uma “sinalização em favor do comércio internacional como fator para o crescimento econômico”, em meio ao crescimento do protecionismo e unilateralismo comercial.
“Ademais, em um quadro global de crescente contestação do Estado de direito, da justiça social e da solução pacífica de conflitos, o acordo representa a associação entre duas regiões que compartilham valores e interesses comuns, como a defesa da democracia, o multilateralismo e a promoção dos direitos humanos”, diz a nota.