O STJ vai julgar nesta próxima terça-feira (22) um recurso em que Cristiano Zanin, advogado de Lula, pede que a União pague uma indenização de R$ 100 mil pelo fato de a Lava Jato ter grampeado o principal ramal de seu escritório, diz O Globo.
As conversas foram gravadas em 2016, durante 23 dias, com a autorização do então juiz Sergio Moro.
Em 2018, o TRF-4 determinou que os áudios fossem destruídos. A corte concluiu, no entanto, que não houve ilegalidade na conduta de Moro.
“Moro não só fez uma interceptação ilegal, como recebia uma planilha com conversas transcritas em tempo real, inclusive de estratégias da defesa de Lula”, afirmou Zanin a O Globo. “Moro chegou a ser comunicado duas vezes pela empresa de telefonia que o ramal era da defesa de Lula, mas a interceptação seguiu. Sobre esse fato, o ex-juiz alegou que, devido ao grande volume de trabalho, não tinha visto os ofícios das companhias”.
O pagamento de indenização por danos morais ao advogado foi negado pela primeira e segunda instâncias, mas Zanin afirma que novos elementos surgiram.